Presidente da CUT defende direitos da classe trabalhadora em audiência do Senado

(Foto: Edilson Rodrigues/ Agência Senado)

O presidente da CUT, Vagner Frei­tas, representou as centrais sindicais e os trabalhadores durante audiência pública na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, CCJ, realizada na manhã de ontem, no Senado.

O dirigente propôs uma “mesa na­cional de negociação” sobre a reforma Trabalhista, mas apenas após um pro­cesso político que garanta a volta do País à normalidade democrática.

“Para início de conversa, um processo de discussão de alterações na legislação trabalhista só é possível em um am­biente de pleno emprego, crescimento econômico e uma sociedade que tenha legitimidade nos poderes constituídos. Exatamente o que não temos hoje”, afirmou.

“Querem propor alterações pro­fundas no mercado de trabalho, sem nenhuma negociação com os trabalha­dores, partindo do princípio da posição da bancada patronal?”, questionou.

Vagner Freitas afirmou ainda que o projeto é “maléfico” para toda a socie­dade. “A reforma inviabiliza a Previ­dência como política pública, a partir do momento em que desregulamenta o mercado de trabalho. Não traz segu­rança jurídica”, criticou.

Votação

A CCJ deve começar a votar hoje o relatório da reforma Trabalhista do senador Romero Jucá, do PMDB-RR.

O senador apresentou voto favorá­vel à aprovação do texto que veio da Câmara dos Deputados, mas outros cinco parlamentares vão oferecer votos em separado, por meio de relatórios alternativos pela rejeição do projeto. A sessão da CCJ está marcada para às 10h.

Da Redação