Presidente do Sindicato elogia medidas anunciadas pelo governo federal
Novas medidas vão investir R$ 8,4 bilhões em compras de equipamentos
Sérgio Nobre, presidente do Sindicato. Foto: Rossana Lana / SMABC
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, considerou “positivo, bem-vindo e acertado” o PAC Equipamentos anunciado nesta quarta-feira (27) pelo governo federal. Segundo o dirigente, o setor benefeciado pelo programa vinha sofrendo maior impacto da crise internacional.
“O Estado tem esse papel: de indutor do consumo como forma de preservar a produção e o emprego. Espero que as medidas estimulem o empresariado a acreditar no País e a investir mais a partir de agora, porque a crise econômica vivida pelos países centrais acabou inibindo as empresas a investir. Daí a importância desse PAC Equipamentos, não somente pelo volume de compras previsto, mas principalmente pelo gesto do governo de tomar iniciativas que ajudarão o País a crescer, protegendo a produção nacional e os empregos”, comentou.
Sérgio Nobre destacou que o anúncio do PAC Equipamentos é uma vitória do movimento sindical, em especial do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da CUT, que se mobilizaram em torno da bandeira da produção nacional e do emprego.
“As nossas mobilizações e reivindicações junto ao governo surtiram efeito”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Ele destacou entre as medidas a margem de preferência, entre 8% e 25%, para o que for produzido pela indústria brasileira e lembrou que, em muitos casos, os produtos fabricados aqui perdiam para importados por uma diferença muito pequena de preço.
“Essa margem de preferência é importante, porque a importação gera desemprego e é preciso se pensar quanto custa um cidadão desempregado para o País”, disse.
Presidenta Dilma Rousseff anuncia medidas. Foto: Antônio Cruz / ABr
Novas medidas
O novo pacote para reaquecer a economia foi anunciado nesta quarta-feira pelo governo federal, com investimentos de R$ 8,4 bilhões na compra de equipamentos, de preferência nacionais, para uso em obras no País.
A decisão deve beneficiar os trabalhadores no ABC, já que 8 mil caminhões e 8.570 ônibus escolares estão no pacote. Como 55% da produção desses veículos no País é da região, as medidas irão incentivar as vendas nas montadoras daqui.
Serão adquiridos também ambulâncias, máquinas agrícolas, retroescavadeiras, blindados, motoniveladoras, máquinas de perfuração, equipamentos de saúde, trens, urbanos, motos, carteiras e móveis escolares. Eles serão usados nos setores da saúde, educação, defesa, em áreas rurais e que enfrentam problemas como a seca.
“O Brasil será um dos países que resistirá a essa crise porque escolhemos um modelo de desenvolvimento que repousa, sobretudo, sobre a força da economia brasileira, do mercado interno brasileiro, do empreendedorismo dos empresários brasileiros, e na força dos trabalhadores e trabalhadoras do país”, disse a presidenta Dilma ao anunciar o pacote.
A decisão soma-se a série de medidas que o governo federal vem adotando para incentivar o consumo e reaquecer a economia do País. Entre outras, já foi reduzido o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para automóveis e cortado o imposto sobre empréstimos para pessoas físicas.
Da Redação