Presidente do Sindicato visita Arteb e debate desmonte da indústria nacional
Fábrica em São Bernardo que está em recuperação judicial é exemplo de falta de política para o setor
Na manhã de ontem, durante a entrada dos trabalhadores, às 5h, o presidente do Sindicato, Moisés Selerges, e membros da direção executiva estiveram na Arteb, em São Bernardo, empresa que está em recuperação judicial, para dialogar com os trabalhadores sobre o desmonte da indústria nacional.
Durante a visita, os dirigentes entregaram aos companheiros e companheiras na fábrica a edição da Tribuna com matéria de capa sobre os números da indústria automotiva. Os protocolos de segurança sanitária para evitar a disseminação do coronavírus, como uso de máscara e de álcool gel, foram seguidos.
“Conversamos sobre a necessidade de uma política industrial que hoje inexiste no país. A Arteb é um exemplo da falta desse investimento por parte dos governos, é uma empresa importante que passa por um processo de recuperação judicial, vítima da ausência de políticas para o setor, ela é um pouco o retrato de como se encontra a indústria no país”, ressaltou o presidente.
Moisés destacou ainda que a indústria, para qualquer nação que queira crescer e se desenvolver, é o carro chefe dentro da economia, importantíssima na geração de empregos de qualidade com maior renda.
Outro tema lembrado durante a visita foi a importância de 2022 para a mudança de rumo do Brasil. “Este é um ano fundamental para implementar políticas favoráveis aos trabalhadores e aos mais pobres desse país”, afirmou.
DNA do Sindicato
Segundo o presidente, é esse contato direto com os trabalhadores que dá energia para a direção seguir firme na luta por dias melhores.
“É sempre muito bom ter esse contato com os trabalhadores, a pandemia dificultou que estivéssemos mais próximos, mas esse é o DNA do nosso Sindicato. Se tiver que fazer live ou reuniões por aplicativos, faremos, mas o mais importante é estar de madrugada na porta da fábrica, é isso que caracteriza nosso Sindicato e nos enche de energia. Saímos de lá revitalizados para seguirmos fortes na luta por uma sociedade mais justa”, finalizou.