Pressão do governo reflete nas taxas do cheque especial, afirma BC
A pressão do governo se refletiu nos números do mês passado, segundo informações do Banco Central, desta sexta-feira (25), com destaque para o cheque especial.
No crédito direcionado a queda na taxa de juros do cheque especial, caiu de 185% ao ano para 174,1% ao ano, uma redução de 10,9 pontos percentuais.
Essa redução de quase 11 pontos percentuais foi a maior da história desde setembro de 2003, quando houve uma queda de 11,7 pontos percentuais, de 163,8% para 152,1%.
Outras quedas
O spread bancário (a diferença entre o custo do dinheiro para os bancos e o quanto cobram de consumidores e empresas) se reduziu em 1,4 ponto percentual, no caso dos consumidores, e 0,6 ponto percentual, no caso das empresas.
A taxa média cobrada de consumidores caiu 2,33 pontos percentuais em abril, para 42,1%. No caso dos juros médios cobrados de empresas, a redução foi de 2 pontos percentuais, para 35,3% ao ano.
Os dados relativos a abril divulgados ontem pelo BC mostram a reação das instituições financeiras à decisão do governo de fazer com que os bancos públicos, Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, reduzissem suas taxas, no início do mês passado. As quedas pressionaram os bancos privados a fazer o mesmo, para evitar a perda de clientes.
Na última segunda-feira, novas medidas emergenciais foram anunciadas para estimular o crédito. A autoridade monetária anunciou a liberação de até R$ 18 bilhões, em um ano, do dinheiro que as instituições financeiras têm retido no Banco Central (compulsórios) para que os bancos concedam empréstimos para a compra de automóveis.
Com informações do UOL