Previdência: Emprego em alta melhora arrecadação
A diferença entre o que
a Previdência paga em benefícios
e arrecada está diminuindo.
Um dos motivos é
o crescimento do emprego.
Outro é a fiscalização.
Nos cinco primeiros
meses do ano, comparados
ao mesmo período do ano
passado, o chamado déficite
da Previdência caiu em
17%, de R$ 18,67 bilhões,
para R$ 15,53 bilhões em
2008.
Se essa redução continuar,
2008 será o primeiro
ano que a Previdência Social
terá uma diminuição nominal
entre o que paga e o que
arrecada, desde quando começou
a registrar resultados
negativos, em 1995.
Proteção – O ex-ministro da Previdência
Luiz Marinho (foto),
afirma que a redução
entre o pago e o arrecadado
consegue aumentar a sustentabilidade
da proteção
social no Brasil.
Para Marinho, no entanto,
os números devem ser
vistos pela dimensão social
que a Previdência tem e não
sobre o aspecto contábil. “A
Previdência é o nosso maior
programa de distribuição de
renda”, afirmou.
Ele destacou que, além
atender as pessoas, os recursos
empregados na Previdência
são importantes para
a economia do país. “Existem
cerca de 3 mil cidades
no interior que dependem
diretamente do pagamento
das aposentadorias”.
Ao contrário do que
muita gente pensa, Marinho
frisa que o Brasil não está
fora de padrões internacionais
ao destinar a maior parte
dos seus investimentos
sociais à Previdência. “No
mundo inteiro o principal
gasto de política social é o
previdenciário e o caso brasileiro
não é diferente. Nossos
gastos previdenciários
não estão descontrolados
ou fora de parâmetro. Vários
estudos mostram que,
a médio e no longo prazos,
eles caminham para o equilíbrio”,
concluiu.