Previdência: Reforma pode ficar desequilibrada
O presidente da CUT, Luiz Marinho, fez duras críticas ao relatório da reforma da Previdência que acredita conter um desequilíbrio para as várias categorias de servidores. “Não é possível a reforma tratar um juiz, que recebe salários de R$ 17 mil, como uma merendeira ou servidor da saúde com salários de R$ 500,00 a R$ 600,00”, disse.
Para a CUT, disse Marinho ao final do 4º Congresso no último domingo, a discussão da reforma é apressada e precipitada, porque apresenta distorções gritantes em prejuízo aos servidores da ativa, especialmente aqueles que percebem menores rendimentos.
A distorção, critica Marinho, é que os servidores de menores salários e com tipo de trabalho mais duro terão de cumprir os mesmos prazos de tempo de trabalho e de idade que os servidores de salários mais altos para conseguir as suas aposentadorias.
“É neste ponto que a CUT insiste em discutir. O governo não acena com nada e temos que insistir no Congresso”, afirmou.
Tramitação
Esta semana será dedi-cada a articulações e nego-ciações entre os partidos da base aliada e da oposição. Antes de começar a votação em plenário a proposta poderá receber até 26 destaques (o número é proporcional à representação na Câmara). A primeira votação está prevista para o dia 5 de agosto.