Primeiro Emprego: Novas portas são abertas
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, diplomou 2.000 jovens do Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego. Mesmo antes do programa terminar, 1.028 deles já conseguiram emprego ou estão estagiando.
Mais 2.000 jovens se formam na região
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, participou na sexta-feira passada, em Santo André, da solenidade de diplomação dos 2.000 jovens que se formaram no Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego.
Nesta segunda etapa do programa, aqui na região, os jovens entre 16 e 24 anos participaram durante seis meses de cursos de qualificação profissional sobre segurança alimentar, práticas de comércio, serviços, telemarketing, arte e cultura, e também tiveram aulas de reforço escolar, ética, cidadania e inclusão digital.
Nesse período eles receberam uma bolsa de estudos de R$ 150,00. E antes do programa terminar, 1.028 jovens já conseguiram emprego com carteira assinada ou começaram a fazer estágio profissional nas empresas e prefeituras parceiras do programa.
O governo federal investiu R$ 4,3 milhões, dinheiro que foi repassado à Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC.
No caminho certo
O prefeito de Santo André, João Avamileno, elogiou o Primeiro Emprego, explicando que a sociedade precisa de programas que dêem resultados. “Estamos no caminho certo e precisamos continuar”, comentou ele.
O ministro do Trabalho Luiz Marinho disse que o governo Lula tem um conjunto de políticas dirigidas à juventude. “Já qualificamos mais de 1 milhão de jovens e colocamos no mercado 618 mil”, comemorou o ministro. “Temos compromisso com o futuro”, concluiu ele.
Durante a solenidade, Marinho entregou o título de responsabilidade social às empresas parceiras do Primeiro Emprego, entre elas a McDonalds, Coopervolks, Dura Metal e prefeituras de Santo André, São Bernardo e São Caetano.
“Quero fazer faculdade”
Tenho 17 anos e estou no 3º colegial. Sempre quis trabalhar e nada conseguia. Até que me inscrevi no Primeiro Emprego e já no dia seguinte foi chamada. Somos seis em casa e nenhum dos meus irmãos trabalha. Agora, consegui emprego e vou ajudar minha família, vou comprar algumas coisas para mim e, no futuro, vou fazer faculdade de Administração. Ágata Gomes
“Vou ajudar a família”
Até hoje só fiz bico. Fui estudar à noite mas, mesmo assim, não conseguia trabalhar. Queria ajudar em casa, onde só minha mãe trabalha, mas não podia. Agora que estou empregado vou ajudar minha mãe, que está montando um salão de beleza. Acabou aquela rotina de procurar emprego todo dia e, no final, voltar para casa sem nada. Tenho 19 anos e estou no 2º colegial. Fernando de Souza
“Aprendi a me comunicar”
Fiz cursos de telemarketing e culinária e sinto que estou preparada para trabalhar. Aprendi a lidar com as pessoas, a me comunicar. Trabalho com reciclagem e coleta seletiva. Moro com minha mãe e minha irmã. Como estou grávida de cinco meses, acho que será difícil conseguir emprego. Mas, seja como estágio ou com trabalho formal, o dinheiro irá para meu filho que vai nascer em dezembro. Maria Avelina Alves Rocha, 17 anos, 1º colegial
“A gente não pode desistir”
Foi muito bom fazer o Primeiro Emprego, pois aprendi de tudo um pouco. Ainda estou na 8ª série e agora quero terminar o 2º grau e pensar na faculdade. Durante o programa nasceu meu filho Deivid, que está com cinco meses. Mantenho a casa com a bolsa que recebo. Agora que estou com os diplomas, vamos ver se consigo um trabalho. Aprendi que a gente não pode desistir. Itarivânio Felix da Silva, o Cabelo, 20 anos.