Privataria: Ex-presidentes do BNDES podem parar na cadeia

Cinco ex-presidentes do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) nomeados por FHC foram denunciados pela Justiça Federal ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro por irregularidades na concessão de empréstimos para a privatização da Eletropaulo.

Luiz Carlos Mendonça de Barros, José Pio Borges, Andréa Calabi, Francisco Gros e Eleazar de Carvalho Filho são os acusados, junto com outros 12 ex-diretores do banco, de causarem prejuízos superiores a R$ 3 bilhões ao BNDES.

O processo ainda não foi julgado, portanto todos os acusados ainda são réus. Mas, caso sejam considerados culpados, poderão pegar 12 anos de cadeia gente como Mendonça de Barros, que foi duas vezes ministro de FHC e um dos chefes da campanha de Alckmin.

A denúncia se baseia no relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que identificou a liberação de empréstimos irregulares e sem garantia para a Light Gás, empresa que comprou a Eletropaulo.

O documento afirma que a operação causou prejuízo ao patrimônio público,  no caso o BNDES, que é financiado com dinheiro do FGTS dos trabalhadores. A ação não tem prazo para ser julgada.

SP suspende Frente de Trabalho

São Paulo não tem mais a Frente de Trabalho, uma iniciativa que dava ocupação e renda para aproximadamente 20 mil trabalhadores desempregados em todo o Estado.

O secretário estadual do Trabalho, Guilherme Afif Domingos (PFL), suspendeu o programa. O secretário nega, mas tudo indica que a medida faz parte dos cortes no orçamento de São Paulo.

Os beneficiados recebiam um salário mínimo mensal por um período pré-determinado. Os serviços, normalmente, eram de manutenção em praças, estradas e avenidas.

Enquanto os trabalhadores estivessem na frente, o Estado deveria lhes oferecer um programa de formação ou requalificação profissional. No entanto, como São Paulo não tinha um programa de formação, segundo o secretário, a decisão foi suspender as frentes.