Privatização das estradas explodiu preço do pedágio em São Paulo

Preço dos pedágios paulistas é exorbitante

Os motoristas que trafegam pelas rodovias paulistas pagam tarifas de pedágio das mais caras do País devido ao modelo de concessão adotado pelo governo estadual no leilão do primeiro lote, realizado entre 1998 e 2000.
Nesse período, foram privatizadas dez rodovias, nas quais o preço por quilômetro serviu de parâmetro para a concessão, que partiu de um valor muito alto. Com o tempo, as tarifas ficaram mais caras, já que seus valores foram corrigidos pelo IGP-M, indexador que leva em conta a variação do dólar, e não pelo IPCA, que reflete as variações internas de preços.
Se o indexador escolhido fosse o IPCA, as tarifas não seriam exorbitantes como são atualmente.

Comparação
Quem primeiro usou o IPCA como indexador foi o governo federal, quando fez a concessão do segundo lote de rodovias, em 2007. Ele não usou como parâmetro o preço por quilômetro, mas definiu um preço máximo, sendo vencedora a empresa que oferecesse o maior deságio.

A partir daí foi possível
medir as distorções de preços entre rodovias paulistas e federais, que são gritantes.
Uma viagem ida e volta de carro entre São Paulo e São José do Rio Preto custa R$ 118,00 pelos 440 km percorridos. Já os 401 km entre São Paulo e Curitiba pela rodovia Regis Bittencourt custa R$ 9,00.
Veja outro exemplo. O motorista paga R$ 12,20 para percorrer por rodovia os 90 km entre São Paulo e Campinas, enquanto a viagem entre São Paulo e Belo Horizonte custa R$ 6,00.


Pedágios de rodovias paulistas são os mais caros do País