Produção de veículos dobra em janeiro
Crescimento foi de 92,7% na comparação com dezembro de 2008; vendas também subiram 1,5% no período. Pesidente da Anfavea (associação dos fabricantes) admite que reaquecimento é resultado das medidas contra a crise adotadas pelo governo Lula, entre elas a redução do IPI
A produção de veículos no Brasil cresceu 92,7% no primeiro mês de 2009, na comparação com dezembro do ano passado. Outro número positivo divulgado nesta segunda-feira (9) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) foi o das vendas, que subiram 1,5% na mesma base de comparação.
Para o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, o reaquecimento do mercado deve-se às medidas adotadas pelo governo federal no final de dezembro. “Sem dúvidas o pacote de medidas, encabeçado pela redução do IPI, teve um efeito diretos nesses resultados positivos. As ações foram na hora e na direção certa, o que nos deixa com uma boa expectativa.”
Apesar do otimista, Schneider garantiu que não é possível fazer nenhuma previsão. “Projeção qualquer um pode fazer, o difícil é a consistência dessa projeção. Agora, ainda não para saber até qual nível os números irão subir ou até quando vai essa tendência positiva.”
EMPREGOS – Segundo a Anfavea, o nível de emprego no setor automotivo caiu 1,5% em janeiro contra o mês anterior, mas subiu 3,7% na comparação anual, para 126.188 postos de trabalho.
“Os números da Anfavea divulgados hoje sobre aumento de produção mostram que não é um cenário de morte, peste e guerra como anunciram. Os números confirmam o que já dissemos anteriormente: que é preciptada qualquer decisão sobre redução de salário e jornada ou corte de direitos trabalhistas. Sabemos que há problemas em relação às exportações e caminhões, mas é necessário calma, porque as informações sobre os desdobramentos da crise são contraditórias. Tem até empresa de autopeça que fez acordo para reduzir jornada querendo voltar atrás porque recebeu pedidos e terá de aumentar a produção”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre.
Da Redação