Produção do Prius da Toyota a um passo de São Bernardo
O presidente do Sindicato, Rafael Marques, esteve reunido ontem com o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, e o diretor de Relações Públicas e Governamentais da Toyota, Ricardo Bastos (foto), para tratar do que a direção da montadora chama de “renascimento da fábrica em São Bernardo” com a fabricação do modelo híbrido Prius.
“O Sindicato e a Prefeitura são os porta-vozes do ABC para garantir que a Toyota faça esse investimento”, afirmou Rafael.
Segundo ele, o prefeito Luiz Marinho mostrou ao representante da montadora as obras no sistema viário previstas para melhorar a logística da região. “A localização da Toyota é muito favorável para cumprir as etapas de implantação do projeto do carro híbrido”, disse Rafael.
O dirigente lembrou que, em um primeiro momento, a produção será em CKD, com sistemas trazidos do Japão. “Inicialmente, a Toyota importará as peças para montar o Prius e o governo federal garantiu a isenção de impostos, já que a tecnologia não existe no País”, explicou.
Em outubro, haverá uma reunião da diretoria executiva da Toyota no Japão para fechar os investimentos da empresa no mundo entre eles a vinda da produção para a planta de São Bernardo.
Rafael destacou que o projeto da empresa japonesa prevê a transferência de tecnologia e vai ao encontro do que também está previsto pelo novo Regime Automotivo, o Inovar-Auto, em relação a eficiência energética.
“Como suporte a esta política, a empresa escolheu São Bernardo para construir seu laboratório de fabricação de motores no Brasil que, inclusive, já está começando a operar”, prosseguiu o presidente. “Com isso, a Toyota já está configurando onde estarão seus suportes de tecnologia no País”, ressaltou.
“As empresas automobilísticas em todo o mundo estão buscando desenvolver carros com tecnologia de motores híbridos. Esse é o futuro dos automóveis”, concluiu Rafael.
Proposta foi aprovada pelos trabalhadores em junho
A proposta para a fabricação do novo veículo foi apresentada aos trabalhadores pelo presidente do Sindicato, Rafael Marques, em assembleia no dia 6 de junho passado, no pátio da fábrica em São Bernardo, quando foi aprovada.
“Com o novo Regime Automotivo, o Inovar-Auto, que estamos construindo, a fabricação de um carro movido tanto com motor flex como elétrico tornou-se fundamental para que o Brasil atinja imediatamente uma tecnologia que, segundo as montadoras tradicionais, só seria alcançada daqui a 15 anos ou mais”, afirmou Rafael, na ocasião.
“E o Prius, modelo híbrido produzido pela Toyota pode ganhar o passaporte brasileiro”, completou.
Em busca de incentivos do governo federal para a efetivação do projeto, Rafael entregou a Dilma Rousseff um relatório das ações e propostas do Sindicato para a introdução das novas tecnologias do carro, durante visita da presidenta ao ABC, em maio.
Em abril do ano passado, Rafael esteve na fábrica da Toyota na cidade japonesa de Tahara, uma das mais modernas plantas da montadora no mundo.
Na ocasião, o dirigente recebeu apoio dos trabalhadores para o desenvolvimento de novos projetos na fábrica de São Bernardo.
Rafael debate mercado automotivo com a Fenabrave
Para conhecer as propostas da Fenabrave – sindicato das revendedoras – e aumentar a oferta de crédito na aquisição de veículos, o presidente do Sindicato, Rafael Marques, se reuniu com Flávio Meneghetti e Alarico Assumpção Jr., presidente do conselho deliberativo e presidente executivo da entidade.
“É importante o Sindicato se relacionar com um setor da cadeia automotiva que possui informações tão importantes sobre o comportamento do mercado”, afirmou Rafael.
Ele lembrou que as relações construídas com a Anfavea e o Sindipeças também começaram assim.
“Será a partir dessas relações que vamos estruturar novas medidas para fortalecer o setor automotivo brasileiro”, disse.
Entre as pendências comuns, Rafael citou renovação da frota de caminhões, inspeção veicular, seguro obrigatório, critério para medir o valor do IPVA e o papel das seguradoras.
“Quando debatemos o Inovar-Auto, estamos discutindo uma política mais ampla. Mas são necessárias também medidas de alcance mais curto que, somadas, dão condições de crescimento do mercado automotivo de maneira sustentável”, finalizou Rafael.
Da Redação