Produção e contratações vão crescer

Campanhas salariais vitoriosas, crescimento do emprego e de renda, aumento do salário mínimo, inflação sob controle e confiança da população em relação ao futuro são ingredientes que colocam a economia em expansão.

Economia em expansão, campanhas salariais vitoriosas que elevaram a renda dos trabalhadores acima dos preços em 72% das categorias, crescimento do emprego, ganho de renda média de 4% em 2005, aumento real do salário mínimo em 12%, inflação sob controle e confiança da população em relação ao futuro.

Todos esses fatores já provocam um efeito dominó na economia que vai resultar em benefícios para os próprios trabalhadores. É o que revela pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“Os resultados levam a esta conclusão”, diz o economista da entidade, Carlos Castelo Branco. “A pesquisa mostra que as vendas no final do ano passado e no começo deste ano cresceram, ao mesmo tempo que o número de horas trabalhadas nas fábricas diminuiu pelo terceiro mês seguido”, revela.

As conquistas dos trabalhadores provocaram um aumento da capacidade de consumo da  população, que comprou mais. “Com isto os estoques nas empresas caíram e as indústrias precisarão voltar a produzir para repor estes estoques”, prossegue Branco.

Mais contratações – Ele prevê que isto aconteça com mais intensidade após o segundo bimestre do ano. Ao mesmo tempo, o gerente da CNI lembra que o aumento da produção trará contratações na indústria, principalmente porque diminuiu o número de horas trabalhadas. “O aumento no emprego deverá aparecer mais no segundo semestre”, diz.

Esse efeito dominó acontece agora porque no final do ano passado as empresas acumularam estoques de forma muito intensa e acabaram ficando com mais produtos do que precisavam. Assim puxaram o freio de mão da produção e das contratações.

Agora, tudo indica que vão soltar o breque.

Produção pode crescer ainda mais

A CNI acredita ainda que o quadro da economia atual do País favorece novos investimentos e isso fará com que ocorra uma recuperação gradual do crescimento industrial em 2006.

A pesquisa da entidade mostrou que as empresas utilizaram apenas 80% de sua capacidade de produção em janeiro.  “As perspectivas do Brasil são favoráveis e há espaço para o crescimento da produção sem causar inflação”, afirmou.