Produção e foco no trabalho são armas contra crise, defende Ipea

Como alternativa ao desemprego, o presidente do Ipea defendeu ainda que os aposentados não se mantenham nos postos de trabalho e ações que levem em consideração a proteção ao meio ambiente

O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, afirmou na terça-feira (7) que uma alternativa para evitar o cenário de desemprego em função dos reflexos da crise mundial “é reforçar e defender a produção nacional”. Segundo ele, sem crescimento não há condições de gerar emprego. “De outro lado, é necessário uma ação forte com o objetivo de retirar pessoas que hoje estão no mercado de trabalho mas que, em tese, não precisariam estar, como crianças e adolescentes”, defendeu.

Pochmann participou de audiência pública realizada por duas comissões especiais da Câmara que discutem soluções para a crise financeira mundial – a do Sistema Financeiro e a de Serviços e Empregos. Projeções do Ipea apontam o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro entre 1,5% e 2,5% em 2009.

Segundo o presidente do Ipea, no entanto, esse patamar é insuficiente para gerar empregos, principalmente para os que estão no primeiro emprego. Como segunda alternativa ao desemprego, o presidente do Ipea defendeu ainda que os aposentados não se mantenham nos postos de trabalho e ações que levem em consideração a proteção ao meio ambiente.

Segundo o relator da comissão especial de Serviços e Empregos, deputado Vicentinho (PT-SP), o cenário interno revela necessidade de mudanças e destacou que o mercado de trabalho tem hoje 3,6 milhões de pessoas com empregos duplos e 7 milhões de aposentados. “Estamos em busca de um relatório que retrate a realidade e soluções”, afirmou.

Do PT