Produção industrial cresce na maioria das regiões pesquisadas pelo IBGE
As regiões com melhor desempenho foram aquelas cuja estrutura industrial destaca segmentos que mostraram recuperação mais forte na indústria nacional, como máquinas e equipamentos, eletrodomésticos e metalurgia
A produção industrial cresceu em setembro em 12 das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com o mês de agosto.
No Espírito Santo (3,3%), Goiás (2,4%), Ceará (2,1%), Região Nordeste (1,8%), Santa Catarina (1,7%), Minas Gerais (1,4%) e Amazonas (1,2%), a taxa de crescimento foi maior do que a média nacional, de 0,8%, conforme anunciou nesta sexta-feira (6) o instituto.
Ainda com alta na produção aparecem o Rio de Janeiro (0,7%), São Paulo (0,6%), Rio Grande do Sul (0,4%), Bahia (0,2%) e Pernambuco (0,1%). No Pará, a produção da indústria ficou estável e no Paraná houve queda de 2,9%.
Na comparação com setembro do ano passado, 13 dos 14 locais investigados tiveram queda na produção de seus parques industriais. Apenas Goiás (7,3%) registrou alta, em função da expansão do setor de produtos químicos.
De janeiro a setembro, as 14 regiões pesquisadas apresentaram queda na produção, em relação ao mesmo período do ano passado, com destaque para o Espírito Santo (-23,5%) e Minas Gerais (-18,8%).
O IBGE atribuiu o resultado “ao menor dinamismo das exportações e à redução na produção de bens de consumo duráveis [automóveis, eletrodomésticos] e de capital [máquinas e equipamentos para a indústria]”.
IBGE: base comparativa pior muda análise da indústria
A gerente de análise da coordenação de indústria do IBGE, Isabella Nunes, informou que a partir dos dados de outubro haverá “um novo cenário de base para a produção industrial, já que a base de comparação do ano passado passa a não ser tão elevada como ocorreu até setembro”. “Assim, teremos oportunidade de entender o comportamento da indústria em 2009 menos associado a uma base tão elevada”. Ela lembrou que essa base elevada está derrubando os dados da produção comparativos a iguais períodos do ano passado.
Em setembro, as regiões com melhor desempenho na produção industrial na comparação com o mês anterior foram aquelas cuja estrutura industrial destaca segmentos que mostraram recuperação mais forte na indústria nacional no mês, como máquinas e equipamentos, eletrodomésticos e metalurgia. A explicação é do economista da coordenação de indústria do IBGE, André Macedo.
Ele destacou que os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Espírito Santo e Rio de Janeiro, que respondem juntos por 70% da produção do País e deram a principal contribuição positiva para o desempenho da produção nacional em setembro ante agosto, foram impulsionados por pelo menos algum desses segmentos citados.
São Paulo, com maior peso na produção nacional (cerca de 40%) deu a maior contribuição para a alta de 0,8% da indústria em setembro ante agosto. Segundo Macedo, a indústria na região foi impulsionada por autopeças, caminhões, material elétrico, máquinas e equipamentos e produtos químicos. O segundo principal impacto de alta no resultado nacional foi dado por Minas Gerais, refletindo, segundo o economista, o bom desempenho em metalurgia, bens de capital para construção e autopeças.
Da Agência Brasil