Produção industrial de SP encerra 2010 com o melhor resultado em 6 anos
Avanço de 10,1% foi parecido com o desempenho da indústria nacional, que avançou 10,5% no ano passado
A alta de 10,1% na produção industrial de São Paulo em 2010, em relação ao ano anterior, foi a mais forte, para o parque fabril do Estado, desde 2004 (11,8%). O gerente da coordenação de indústria do IBGE, André Macedo, comentou que o desempenho da indústria paulista foi muito parecido com o da indústria nacional, cuja produção total subiu 10,5% no ano passado ante 2009.
“Isso ocorre pela importância de São Paulo no cenário da indústria nacional”, afirmou, lembrando que a indústria paulista representa 40% do total da indústria do País. Em São Paulo, os destaques positivos ficaram com as altas nas atividades industriais de veículos automotores (24,6%); e de máquinas e equipamentos (26,6%), em base anual.
Macedo observou que, no primeiro trimestre do ano passado, ainda estava em vigor a redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na cadeia automotiva. Isso estimulou a produção de veículos automotores nos primeiros meses de 2010, e impulsionou o resultado anual da indústria do setor. No caso de máquinas e equipamentos, Macedo lembrou a boa oferta de financiamentos para o setor no cenário pós-crise, o que ajudou a melhorar o nível de atividade desse segmento.
Porém, assim como ocorreu com a indústria nacional, a atividade industrial de São Paulo mostrou sinais de desaceleração na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2010. “Não é que a indústria de veículos automotores e de máquinas e equipamentos tenham parado de crescer em São Paulo; elas só começaram a crescer menos, nos últimos meses de 2010, com uma velocidade muito menor”, afirmou.
O ritmo mais fraco na atividade industrial de São Paulo não ficou concentrado nestes dois setores. Outras indústrias, como celulose, eletroeletrônicos, metalurgia e farmacêutica também perderam fôlego no quarto trimestre de 2010. “Na verdade, o que tivemos em São Paulo, nos últimos meses do ano passado, foi uma desaceleração bem generalizada no ritmo de atividade. Poucos setores apresentaram melhora no desempenho (no mesmo período)”, afirmou.
Da Agência Estado