Produção industrial em janeiro sobe em São Paulo e mais 8 regiões
O sinal positivo da indústria em janeiro se deu como reflexo do bom desempenho do setor na maior parte do país. Segundo dados do IBGE divulgados nesta quarta-feira, houve avanço em nove dos 14 locais pesquisados pelo instituto.
Depois de um ano de retração em 2012, a produção surpreendeu em janeiro com o melhor resultado mensal desde março de 2010. O avanço de 2,5% nesta comparação ficou acima das expectativas dos analistas de mercado.
As fábricas do Paraná tiveram o maior crescimento na atividade no primeiro mês do ano, com um avanço de 11,3% em relação a dezembro. Ceará e Rio Grande do Sul também tiveram forte crescimento no mês –altas de 9,3% e 7,1%.
Com menor intensidade, São Paulo e Rio de Janeiro, duas das mais importantes regiões para o país devido à densidade dos polos industriais, também deram sinais positivos em relação a dezembro: 1,6% e 3,1% respectivamente.
Ambos os Estados haviam terminado o ano com perdas de mais de 3% na produção das fábricas no ano passado.
O Rio de Janeiro também se destacou na comparação com o mesmo mês do ano passado. O avanço foi de 13%, atrás apenas do Ceará (15,4%). Segundo o IBGE, os setores de petróleo e refino, veículos e farmacêutico contribuiriam para o resultado.
Apenas quatro Estados registraram queda na comparação anual: Goiás, Amazonas, Espírito Santo e Paraná.
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Cautela
Apesar do resultado positivo em janeiro, analistas ainda são cautelosos em indicar uma retomada. Para eles, tal avaliação só será possível após a divulgação do resultado da indústria nos próximos meses.
Isso porque o setor terá de recuperar ainda perdas acumuladas no ano passado, quando a indústria amargou uma queda de 2,6%, o pior resultado desde 2009.
Em comentário sobre o resultado geral da produção em janeiro, contudo, economistas do IBGE chamaram atenção para o perfil mais “disseminado e generalizado” da indústria, como um sinal positivo.
Dos segmentos pesquisados pelo instituto, 18 registraram alta em janeiro e nove tiveram queda.
Para este ano, a expectativa dos analistas de mercado é que o setor produtivo alcance um crescimento próximo a 3% e ajude o PIB avançar para algo próximo de 3% também.
Da Folha de S. Paulo