Produção industrial volta a crescer em outubro, diz sondagem da CNI
A produção industrial brasileira registrou, em outubro, o primeiro crescimento após 11 meses em contração, de acordo com sondagem realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada na semana passada.
O índice que mede a produção subiu de 49,7 para 50,8 pontos entre setembro e outubro. O indicador varia de zero a cem pontos, sendo que valores acima de 50 representam aumento na produção em relação ao mês anterior. Em outubro do ano passado, o índice marcava 54,5 pontos.
Apesar da alta, a CNI não vê o dado positivamente. “Embora outubro mostre melhora na comparação com os meses anteriores (aumento tanto da produção quanto na utilização da capacidade), a atividade industrial segue fraca, abaixo do observado no mesmo mês de anos anteriores”, avaliou, em nota, a entidade patronal. A utilização da capacidade instalada (UCI) subiu de 72% para 73%. Mas em relação a outubro de 2013, quando a utilização era de 75%, a indústria está mais ociosa.
O indicador relativo à utilização de capacidade efetiva-usual, que considera a UCI comum para o mês, fechou outubro em 42,9 pontos, frente a 42,5 pontos em setembro.
O indicador de nível de emprego na indústria continuou a mostrar contração, mas desta vez menor, de 47,1 pontos no mês passado, ante 46,8 pontos em setembro.
Os estoques, por sua vez, tiveram um aumento na mesma comparação, de acordo com a CNI, de 50,2 para 50,5 pontos. Mas os estoques estão menoers que o esperado. O indicador de estoques efetivos em relação aos planejados foi de 51 pontos no último mês, ante 51,3 pontos em outubro.
A pesquisa da CNI foi feita com 2.236 mil empresas de todo o país entre os dias 03 e 12 de novembro.
Mercado brasileiro de bens duráveis soma R$ 26,2 bilhões
As vendas de produtos como eletrodomésticos, telefones, computadores, eletroportáteis e impressoras cresceram 4,3% na comparação entre o 3º trimestre do ano passado e o mesmo período deste ano, somando R$ 26,17 bilhões, segundo a empresa de pesquisa GfK.
Entre julho e setembro, o desempenho do setor foi impulsionado pelos smartphones, que tiveram um avanço de 54% em termos de valores.
As TVs de tela fina, que tiveram muito destaque no 1º semestre por conta da Copa do Mundo, apresentaram um recuo de 4%. Destaque para o desempenho positivo do segmento de eletrodomésticos, que havia sofrido com a competição das TVs no 1º semestre, mas conseguiu crescer 4% no 3º trimestre. Os refrigeradores representaram 35% das vendas.
Já o mercado de computadores continuou a apresentar desaceleração. Em relação ao ano passado, as vendas caíram 30% por conta da menor demanda por computadores portáteis. Os equipamentos de mesa, no entanto, tiveram uma alta, impulsionado pelo equipamentos do tipo tudo-em-um (que têm o gabinete acoplado à tela).
Do Valor Econômico