Professores e saúde: Servidores podem parar
Os professores da rede estadual podem entrar em greve amanhã caso suas reivindicações não sejam atendidas. Já os trabalhadores estaduais da Saúde marcaram para 28 de abril o início de greve por tempo indeterminado. Eles só não param se o governador Alckmin atender as reivindicações da categoria. O pessoal quer reajuste de 30%, jornada semanal de 30 horas e mais contratações através de concurso público.
A Apeoesp (sindicato dos professores públicos) acusa o governo estadual de adiar a discussão sobre o reajuste e o plano de carreira do magistério. “Estamos fortemente mobilizados para dar início ao movimento por tempo indeterminado”, afirma Carlos Ramiro (foto), presidente do sindicato.
O dirigente acusa o governo Geraldo Alckmin de usar as verbas do ensino de acordo com seus interesses. Como exemplo, lembra que em 2002 o governo do Estado foi condenado a devolver R$ 4,1 bilhões desviados da Educação.
Ele afirma também que Alckmin vetou o projeto que determinava o número máximo de 35 alunos por sala de aula. Por isso, hoje há salas com até 50 alunos, prejudicando alunos e professores. Assim, reivindicam mais salas, que garantiriam emprego e melhores condições de trabalho e de ensino.
“Além de tudo isso, não é possível manter um piso salarial tão baixo”, protesta Ramiro. “O governo simplesmente não apresenta as soluções necessárias. Não falta verba, falta projeto político para defender a Educação”, conclui.
Problema semelhante enfrentam os professores e servidores nas ETEs e FATECs, que estão com os braços cruzados há dois meses sem conseguir abrir negociações com o governo de São Paulo.