Programa Brasil Sem Miséria alcançará 5 mil famílias no ABCD
Novo programa social de Dilma vai gerar ocupação e renda para 5.082 famílias da Região
O governo da presidente Dilma Rousseff (PT) definiu a prioridade para o ABCD: as 5.082 famílias consideradas miseráveis pelo Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) na Região. Os 16 milhões de brasileiros em condição de miséria identificados pelo Instituto em todo o País são o alvo do recém-lançado programa Brasil Sem Miséria, que pretende acabar com a pobreza extrema no País até 2014.
O Brasil Sem Miséria é a principal proposta do governo Dilma. O Plano terá três eixos: transferência de renda, acesso a serviços públicos e inclusão produtiva. Além disso, o Brasil Sem Miséria ampliará o programa Bolsa-Família, que passará a atender mais 800 mil famílias em todo o Brasil. A linha de extrema pobreza foi estabelecida em R$ 70 per capita considerando o rendimento mensal domiciliar.
Nas sete cidades do ABCD, as 5.082 famílias se encaixam no perfil. Os municípios da Região que possuem o maior número de miseráveis são São Bernardo e Santo André. Na cidade administrada pelo prefeito Luiz Marinho (PT), o IBGE considerou miseráveis 1.322 famílias, sendo 105 dessas residentes em área rural. São Bernardo é a única da Região com famílias extremamente pobres no campo.
Santo André tem 1.213 famílias miseráveis. Mauá possui 1.059 famílias consideradas extremamente pobres seguida por Diadema, com 1.054. Em Rio Grande da Serra, o IBGE identificou 200 famílias miseráveis; 165 em Ribeirão Pires e 69 famílias em São Caetano.
Apesar de ter o menor número de famílias miseráveis, a renda per capita mensal domiciliar dos considerados extremamente pobres em São Caetano é a menor da Região: R$ 34,71 por pessoa.
O programa – O Brasil Sem Miséria estenderá o Bolsa-Família mas não é considerado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que gerencia o Plano, como um programa exclusivamente de transferência de renda.
O foco da proposta é gerar ocupação e renda para os mais pobres, entre 18 e 65 anos, mediante cursos de qualificação, intermediação de emprego, ampliação da política de microcrédito e incentivo à economia popular e solidária.
Bolsa-Família
Bolsa-Família, programa de transferência de renda lançado pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atende mais de 70 mil famílias nas sete cidades do ABCD. De acordo com o balanço dos oito anos da gestão Lula, São Bernardo é hoje a cidade da Região com maior número de famílias atendidas, com 18.833 cadastros. O balanço foi divulgado no início deste ano.
Desde 2009, quando o prefeito Luiz Marinho (PT) assumiu a Prefeitura de São Bernardo, o município teve um crescimento de 6.812 cadastros. Em Diadema, 14.478 famílias participam do programa. Em 2008, o número era 10.853.
São Caetano registrou o menor número de famílias atendidas na Região: 982. De 2007 para cá, o número de benefícios vem caindo na cidade. Pelo menos 323 famílias perderam o benefício, que pode variar de R$ 22 a R$ 200. Santo André possui 16.777 beneficiários, Ribeirão Pires 3.804, Rio Grande da Serra 2.970 e Mauá 11.998.
Do ABCD Maior