Proibição da circulação de caminhão volta a preocupar


Foto: Norberto da Silva

A retomada do debate sobre a restrição da circulação de caminhões nos 39 municípios que compõem a região metropolitana de São Paulo voltou a preocupar sindicalistas e empresários do ABC.

O assunto foi debatido em reunião mantida na sexta-feira (25) no Centro Celso Daniel entre o Sindicato, membros dos Cieps (Centros das Indústrias do Estado de São Paulo) e do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do ABC (Setrans) das sete cidades do ABC, além do representante do Consórcio de Prefeitos do ABC.

“Quando a cidade de São Paulo proíbe a circulação de veículos na Marginal Pinheiros, os caminhões precisam atravessar o Morumbi para chegar a Zona Sul”, descreveu o vice-presidente do Sindicato, Rafael Marques.

“E quando o tráfego de caminhões é proibido no Morumbi como a Prefeitura de São Paulo fez agora, os caminhões são obrigados a vir para Diadema, prejudicando a circulação de veículos na cidade”, prosseguiu.

“Isto mostra como uma decisão unilateral, tomada por alguém que não tem a visão para entender os problemas da região metropolitana nem das cidades do ABC pode prejudicar nossas cidades”, acentuou Rafael.

Dúvidas
“Nossa região é intensamente prejudicada por essas decisões tomadas por quem não entende que o ABC é uma região industrial e quer manter-se assim”, prosseguiu.

Para analisar a situação, o Consórcio contratou uma consultoria que terá seis meses de prazo para apresentar uma solução para o problema.

Com posse do diagnóstico, o Consórcio organizará um seminário sobre mobilidade urbana, obras viárias, transporte coletivo, com a participação do Sindicato, Ciesps e Setrans.

O evento vai ocorrer logo após a reunião que a Secretaria de Transportes do Estado realiza no próximo dia 12 com os 39 municípios da região metropolitana.

“Depois deste encontro teremos elementos para tentar saber por que o governo de São Paulo restringe a circulação de passageiros do ABC da Estação da Luz em diante, por que não libera o corredor de trólebus para a circulação de ônibus municipais e uma série de outras questões”, concluiu Rafael.

Da Redação