Projeto do novo carro sustentável inclui produção local e reciclagem

Carros subcompactos, compactos, SUVs e até picapes pequenas poderão ter direito a alíquotas diferentes de IPI, que poderão ser zeradas até dezembro de 2026, a depender da eficiência energética de cada modelo. A reportagem da Agência AutoData teve acesso à minuta da portaria do MDIC que, se aprovada e publicada, estabelece os requisitos para o plano do carro sustentável, como vem sendo chamada a tentativa de popularizar o acesso ao carro 0 KM pelo consumidor brasileiro.

Para se enquadrar na alíquota menor o valor máximo de emissão de dióxido de carbono do veículo deve ser de 83 gCO₂e/km, considerando o ciclo do poço à roda. Veículos a álcool, gasolina, diesel, elétricos e flex poderão se credenciar e cada um tem um cálculo diferente de emissões, discriminado por índices na portaria.

Mas não é só isso: os veículos precisam cumprir uma série de etapas de manufatura local para poder receber o desconto no imposto e, também, atender a requisitos de reciclabilidade. O formato é semelhante ao do projeto de 2023, já no governo Luiz Inácio Lula da Silva, que concedeu descontos para a compra de carros 0 KM: quanto mais barato, mais eficiente e mais nacional era o modelo maior foi o desconto, que chegou a R$ 8 mil na época.

Segundo a minuta da portaria poderão ser contemplados pelo imposto menor ou até zerado veículos subcompactos com até 1 tonelada de massa, compactos com até 1,1 tonelada, SUVs com ângulo de ataque mínimo de 23 graus e de saída de 20 graus e altura livre do solo de 200 mm no entre-eixo e 180 mm sob os eixos dianteiros e traseiro, e até 1,1 tonelada de massa. Picapes poderão ser beneficiadas, mas só as pequenas com massa de até 1,5 tonelada.

Da AutoData