Projeto fim da marmita começa na Metalpart
O projeto que prevê o fim da marmita para trabalhadores de um grupo de empresas em Diadema começou a funcionar na Metalpart. Ela montou um restaurante e fornece comida pronta. O Sindicato quer estender o benefício para companheiros de 20 fábricas até o final do ano.
Os 177 trabalhadores na Metalpart, fábrica de autopeças de Diadema, aposentaram as velhas marmitas e, desde 5 de janeiro, contam com refeições prontas no local de trabalho.
Eles inauguraram o projeto batizado de Fim da marmita, em implantação num grupo de fábricas na cidade. Ontem, a diretoria do Sindicato foi conhecer o projeto na Metalpart.
A idéia nasceu há muito tempo, quando o Sindicato notou que companheiros de muitas empresas dependiam da marmita para se alimentar.
O projeto inicial previa um restaurante coletivo para servir refeições transportadas. A iniciativa não avançou e então o Sindicato passou a negociar diretamente com um grupo de empresas.
A Metalpart foi a primeira a implantar o projeto. Na segunda-feira será a vez de inaugurar o restaurante na Polistampo.
“A partir destas fábricas queremos abrir o acesso às demais”, disse José Mourão, diretor do Sindicato.
Isso porque, segundo ele, os restaurantes podem ser implantados pelas mesmas empresas de refeição, que teriam seus custos reduzidos pelo volume de refeições servidas.
Hoje, de acordo com Hélio Honorato, o Helinho, coordernador da Regional Diadema do Sindicato, o grupo reúne oito empresas com cerca de mil trabalhadores. “Nossa meta é ter a refeição pronta garantida para trabalhadores de 20 fábricas até o final do ano”,prevê Helinho.
É só vantagem – “Foi uma boa conquista. Trazer marmita era um incômodo”, afirmou o ajudante Wagner Veiga. “O projeto só traz vantagem. Reparava que na marmita de muita gente só vinha arroz e feijão. Agora, o alimento é diversificado e a gente paga pouco”, completou.
Cada trabalhador paga 10% ou 20% do valor da refeição, dependendo do salário. Toda comida é feita e servida pela Fonte Real.
O operador de máquinas José Edson, que usou marmita durante os quase sete anos em que está na fábrica, salienta que além da vantagem econômica há o conforto. “Antes tinha de trazer uma bolsa”, lembra.
“É uma idéia original que garante melhor qualidade de vida no trabalho”, disse Rafael Marques, secretário-geral do Sindicato, que também esteve na fábrica ontem.
A responsável do setor de RH na Metalpart, Inês Aparecida Geraldo, também observa os benefícios do restaurante. “Houve uma repercussão positiva no ambiente de trabalho”, afirma.