Projeto Leitura nas Fábricas é lançado em Diadema

Na primeira fase, o programa será instalado na Apis Delta, Delga, IGP, Autometal, Legas, Papaiz, Uniforja, TRW, Uniferco e Metalpart

O mundo das letras invadirá o espaço de 10 metalúrgicas de Diadema nos próximos dias. Trata-se do Leitura nas Fábricas, programa que consiste na instalação de Pontos de Leitura nos locais de trabalho e pretende aproximar os trabalhadores do mundo da literatura.

Ponto de Leitura é como uma biblioteca. Equipada um kit com cerca de 650 livros, móveis, computador e impressora, o leitor encontrará exemplares de literatura brasileira, estrangeira, infantil e juvenil, DVD´s, livros didáticos, enciclopédias, entre outros.

A iniciativa, pioneira no País, é resultado de convênio entre a Prefeitura de Diadema, Ministério da Cultura, nosso Sindicato, o dos Químicos do ABC e dos trabalhadores na Construção Civil e empresas.

A proposta nasceu ano passado no seminário A Biblioteca que queremos, quando a Diadema apontou a meta de transformar o município numa cidade de leitores.

O lançamento do ocorre neste momento, na Sede Regional Diadema e todos estão convidados.

As fábricas contempladas
Em sua primeira fase, o Leitura nas Fábricas será instalado na Apis Delta, Delga, IGP, Autometal, Legas, Papaiz, Uniforja, TRW, Uniferco e Metalpart.

O coordenador da Regional, David Carvalho, disse que um grupo gestor do programa definirá um calendário para a inauguração de cada biblioteca. Todos os kits já foram entregues pelo Ministério. Na segunda fase, a intenção é contemplar empresas químicas e da construção civil e inaugurar uma na própria Regional para o uso da comunidade.

A Secretaria de Cultura de Diadema acredita que será possível atingir de imediato cerca de cinco mil trabalhadores. Como a proposta prevê acesso também aos familiares deles, a estimativa é que este número possa chegar a mais de 20 mil pessoas.

Trabalhadores serão os bibliotecários
O programa incluiu também o treinamento de trabalhadores para administrar cada Ponto de Leitura. Eles serão os agentes de leitura, responsáveis pela estrutura do programa dentro da fábrica.

“Nossa tarefa será a de atender os companheiros que farão uso do espaço, promover atividades para atrair e despertar o interesse do pessoal pela leitura “, explica Antonio Claudiano da Silva, o Da Lula, do CSE na IGP, o agente de leitura na fábrica.

“No princípio acho que vamos ter alguma dificuldade porque nunca trabalhamos com isso. A maioria do pessoal lê apenas a Tribuna Metalúrgica e agora terá de ler livros”, previu Da Lua.

O acesso ao Ponto de Leitura será nos horários de café, refeição ou fora da jornada de trabalho e os trabalhadores poderão levar os livros para suas casas como empréstimo.