Propostas do G-9 e montadoras são insuficientes

Reunião de mobilização quinta-feira, às 18h, na Sede.

Assembléia geral sexta-feira, às 18h, na Sede.

Queremos propostas melhores

A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT) rejeitou ainda na mesa de negociação as duas primeiras propostas econômicas desta campanha salarial.

“O problema é que o aumento real proposto pelo Grupo 9 (máquinas e eletroeletrônicos) é insuficiente e não avançamos em outros pontos” justificou o presidente do Sindicato José Lopez Feijóo. “Já a proposta das montadoras fica só no abono”, prosseguiu o dirigente.

Mobilização

A orientação da reunião de mobilização da última sexta-feira foi a de prosseguir nas negociações ao mesmo tempo em que a categoria deve ampliar a pressão para ter propostas de acordo ainda neste mês e em todos os grupos.

Na última sexta-feira houve assembléias de mobilização na SEA, em São Bernardo, e na Papaiz, em Diadema. Hoje a assembléia de mobilização será na Mercedes-Benz e na Brasmeck, em Diadema.

O presidente da FEM-CUT, Adi dos Santos Lima, acredita que na negociação de amanhã com o Sindipeças também seja apresentada uma proposta econômica. “Esperamos que, se vier, a proposta esteja dentro de nossas expectativas”, afirmou Adi, lembrando que tudo agora depende da disposição de luta. “Se a categoria pressionar, são grandes as chances de termos novas propostas”, disse ele.

O que foi rejeitado

Montadoras: Reposição integral da inflação para quem ganha até R$ 5 mil. Acima deste salário um valor fixo de R$ 300,00. Abono de 15% do salário nominal até R$ 5 mil. Para quem ganha acima, abono de R$ 750,00. As montadoras aceitam acordo por dois anos, sendo que a mesma proposta seria aplicada no ano que vem com as correções do teto pela inflação. Elas não aceitam ampliar o controle de hora-extra.

Grupo 9: 6% de reajuste, índice que compreende 4,66% de reposição da inflação e 1,28% de aumento real. Vale lembrar que o índice de inflação é referente aos nove últimos meses, de novembro de 2004 a julho último, já que o grupo quer fixar a data-base em 1º agosto. Além da oferta de aumento real não contemplar a expectativa dos metalúrgicos, os patrões não aceitaram incluir na proposta o controle sobre as horas extras e a mudança da data-base para setembro.

Outras negociações

Sindipeças: Cláusulas sociais em debate, sendo que amanhã pode aparecer proposta econômica.

Fundição: Foram apresentadas as novas cláusulas sociais e as negociações prosseguem na próxima segunda-feira.

Grupo 10: Ainda não deu sinal de vida.