Propostas do Sindicato para manter empregos estão em análise pelo governo do Estado
Após os Metalúrgicos do ABC terem encaminhado ao governador de São Paulo, João Doria, um documento com propostas complementares para manutenção dos empregos diante da pandemia do novo coronavírus, algumas das medidas foram citadas em coletiva de imprensa realizada na quinta-feira, dia 2.
A secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado, Patrícia Ellen, destacou a discussão conjunta realizada com as centrais sindicais e representantes dos setores produtivos.
O diretor executivo do Sindicato, Wellington Messias Damasceno, reforçou a preocupação com a saúde dos trabalhadores – cerca de 45 mil metalúrgicos do ABC estão em isolamento social por meio de negociações com as empresas – e depois com a economia.
“Entre as medidas que encaminhamos e que estão sendo avaliadas pela equipe do governo está a reconversão industrial. A ideia é que empresas possam ter aportes da Fapesp e da Desenvolve SP para conseguirem passar a produzir equipamentos e insumos essenciais para a área da saúde e no enfrentamento imediato dessa pandemia”, explicou.
“Temos cobrado que é fundamental que haja disponibilidade de crédito, e que esse dinheiro possa chegar de maneira rápida, para que as empresas consigam manter os negócios, os empregos e o pagamento dos salários dos trabalhadores. E no pós-crise, estejam preparadas para a retomada das suas atividades”, defendeu.
As propostas do Sindicato encaminhadas são: a suspensão ou redução do ICMS, a implantação de um programa de credito empresarial; apoio aos setores industriais de atuação prioritária como alimentação e farmácia; reconversão industrial voltada à produção de equipamentos e insumos essenciais para o enfrentamento imediato da pandemia; além de um programa estadual temporário de transferência e complementação de renda com foco nas famílias mais vulneráveis a partir dos registros do Cadastro Único e busca ativa voltada à população em situação de rua.
Na coletiva, Doria anunciou ainda R$ 150 milhões em crédito para microempreendedores, sendo R$ 100 milhões pelo Banco do Povo e R$ 50 milhões do Sebrae-SP. Na edição da Tribuna do dia 31 de março, o Sindicato já trouxe a crítica ao programa de financiamento do governo federal, que exclui 16,2 milhões de micros e MEIs, que são as empresas mais vulneráveis neste momento e que empregam quase metade da força de trabalho.
Da Redação