Propostas do Sindicato para recuperação econômica preveem fortalecimento da indústria nacional
Documento entregue às entidades do setor propõe ações de curto, médio e longo prazo para enfrentamento da pandemia e recuperação da indústria
O Sindicato entregou ontem, às principais entidades do setor, Anfavea, Sindipeças, Abinee e Abimaq, uma carta visando ações articuladas para a recuperação da atividade econômica, defesa da indústria nacional e manutenção dos empregos durante e no período pós-pandemia. Estão entre elas a reconversão industrial, nacionalização de componentes, produção de máquinas e equipamentos, acesso ao crédito, renovação de frota e valorização da ciência, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento.
“Acreditamos no isolamento social como principal medida para combater a pandemia, mas estamos extremamente preocupados com a economia do país. A economia já vinha ruim, o governo não tinha uma política econômica de retomada e agora só vemos piorar porque o governo não tem medidas para o pós pandemia, podendo ocorrer uma desindustrialização mais acentuada no país”, pontuou o secretário-geral do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva.
O dirigente lembrou que desde o início do isolamento social, o Sindicato vem discutindo com as associações empresariais e industriais os temas propostos no documento e destacou que as ações pensadas agora podem ser de grande valia para a indústria nacional ao longo prazo.
“A reconversão industrial é a tentativa de usar a capacidade ociosa das empresas, num primeiro momento, para insumos e equipamentos no combate à pandemia, mas também com a intenção de utilizar para produtos de outros setores. Sobre a nacionalização de componentes, ela é estratégica, não só para garantir a normalidade das indústrias no Brasil, mas também para a geração de novos negócios e empregos, diante de um cenário de reorganização das cadeias de produção no mundo, somado com o dólar nas alturas”.
“Já a renovação da frota, pode ser um grande impulsionador para o mercado e também é importante pensar na pesquisa e desenvolvimento para adaptação de novos negócios no Brasil, levando em consideração as características e vantagens competitivas do nosso país”, completou.
O documento propõe discussão conjunta para o debate destas propostas e de outras, envolvendo as associações empresariais, organizações sindicais, instituições de pesquisa e universidades, em articulação com os governos.