Prós e contras do voto facultativo na reforma política
Prós e contras do voto facultativo na reforma política
Como os deputados federais
conseguiram votar
ontem as MPs que trancavam
a pauta da Câmara Federal,
será possível retornar hoje ao
debate da reforma política.
O projeto recebeu 346
emendas e está em discussão
desde 13 de junho, depois
de ficar engavetado por
mais de dez anos.
Os principais pontos da
proposta inicial eram o abandono
do voto pessoal, com
a adoção da lista fechada; estabelecimento
do financiamento
público de campanha;
fortalecimento dos partidos,
com a fidelidade partidária e
o fim das coligações; e criação
de federações partidárias,
que acabam com as caronas
oportunistas durante as
eleições.
Após publicar análises
sobre cada um dos temas da
reforma partidária, a Tribuna encerra a série hoje com
a explicação do último
item do projeto, o voto facultativo
para o eleitor.
Ele permite à pessoa
comparecer ou não à votação,
acaba com o voto obrigatório
e termina com a punição
a quem não votar.
Entenda os prós e contras do voto facultativo
A favor
o voto deve ser facultativo porque ninguém manda na consciência das pessoas para impor sua vontade, nem mesmo para abrigá-la a exercer sua cidadania.
o voto é um direito e não um dever, a pessoa não pode ser punida se não votar.
Contras
o voto obrigatório não custa nada ao País.
votar pode eventualmente atrapalhar um pouco o eleitor se comparado aos benefícios que sua participação oferece ao processo político-eleitoral.
o voto obrigatório aumenta a responsabilidade social e confere dimensão histórica ao cidadão.
ao votar, o eleitor assume papel ativo na determinação do destino da coletividade a que pertence, influindo nas prioridades da administração pública.
a omissão do eleitor pode tornar ainda mais grave o atraso sócio-econômico nas áreas pobres do País.