Proteção das prensas: Acordo evita mutilações

A quebra da chaveta de uma prensa de engate soltou o martelo, porém não atingiu a mão do operador porque as partes móveis estavam protegidas e a ferramenta estava enclausurada.

O incidente aconteceu segunda-feira na IGP, em Diadema, e só não resultou em acidente com vítima porque a fábrica está cumprindo o Acordo de Proteção das Prensas, assinado entre os grupos patronais e os metalúrgicos.

A implantação do acordo acontece por etapas e, no caso da IGP, ela tem sido acompanhada pelo Sindicato e pelo Comitê Sindical, garantindo os prazos estabelecidos.

“O acordo está conseguindo melhorar as condições de trabalho e acabou com os acidentes graves que antes esmagavam e mutilavam as mãos”, disse Mauro Soares (foto), Diretor de Saúde do Sindicato.

>> Pressão e justiça

Nas empresas que ainda resistem em obedecer o acordo, o Sindicato está entrando com ação na Delegacia Regional do Trabalho e no Ministério Público.

“Além disso, mobilizamos os trabalhadores para iniciar ações de pressão, inclusive com paradas da produção”, avisou Mauro.

Essa ação visa também as fábricas de autopeças que produzem com maquinário das montadoras. Elas não querem fazer as proteções, pois alegam que o equipamento não lhes pertence.

Já as montadoras argumentam que não têm nada com isso, pois não assinaram o acordo. “Esse impasse precisa ser solucionado, pois o Sindicato exigirá o acordo implantado em todas as empresas da região”, disse Mauro.