PSDB suspende votação de candidato tucano à Presidência em 2022
Legenda interrompeu processo de escolha devido a falha em aplicativo criado para o voto a distância
Foto: Divulgação
Doria, Virgílio e Leite disputam a candidatura do partido à Presidência da República
São Paulo – A prévia do PSDB para eleição do seu candidato à Presidência da República nas eleições de 2022, marcada para este domingo (21), foi adiada. Na disputa estavam o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o de São Paulo, João Doria. O pleito foi interrompido no final da tarde e não tem data para ser retomado. Segundo a legenda, houve falha no aplicativo criado para os filiados possam votar a distância.
A votação teve início às 7h deste domingo, com previsão de término para as 15h. Na tentativa de conclusão da prévia, o horário chegou a ser estendido pela legenda até as 18h.
Em nota, o partido informou que o aplicativo “não comportou a demanda dos votantes das prévias”, que os votos registrados neste domingo estão preservados e que a data de retomada da votação ainda será definida”.
Ao todo, 44.700 pessoas se cadastraram para votar nas prévias do PSDB. O partido previa que 700 mandatários votassem presencialmente, em urnas instaladas em um centro de convenções em Brasília, e que o restante recorresse ao aplicativo.
Prévia do PSDB criticada
O aplicativo de votação foi desenvolvido pela Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A plataforma exige dupla verificação para a validação do votante, com identificação facial e validação por código enviado por SMS para o celular do filiado.
Esta é a primeira vez que o PSDB recorre às prévias para escolher o candidato ao Palácio do Planalto. Segundo o presidente do partido, Bruno Araújo, a votação deve gerar um “racha” na legenda, mas será preciso “lamber as feridas internas” e unir os tucanos.
O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) usou seu perfil na rede social para questionar a confusão na prévia dos tucanos.
“E o PSDB, hein? Não dá conta de organizar uma prévia interna, imagina governar o Brasil. Aliás, o aplicativo tem a cara de governo tucano: muitas horas na mídia, lento pra executar e, na hora H, fica em cima do muro, não tem resultado”, escreveu.