Puxada pelos preços de alimentos e combustíveis, inflação fica em 0,41%, em novembro
Os preços dos alimentos e combustíveis foram os responsáveis pelo aumento da inflação pelo segundo mês consecutivo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país ficou em 0,41%, no último mês de novembro, abaixo do de outubro (0,59%). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta foi puxada pelos preços dos alimentos e combustíveis. O IPCA, que reflete a inflação para as famílias com rendimentos de um a 40 salários mínimos, nos últimos 12 meses, ficou em 5,90%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em novembro. Os maiores impactos no índice do mês vieram de Transportes (0,83%), que inclui combustíveis, e Alimentação e bebidas (0,53%). Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 71% do IPCA de novembro.
A alta dos transportes (0,83%) deve-se principalmente ao aumento dos combustíveis (3,29%), que haviam recuado 1,27% em outubro. Os preços do etanol (7,57%), da gasolina (2,99%) e do óleo diesel (0,11%) subiram em novembro. A exceção foi o gás veicular, com queda de 1,77%.
O grupo alimentação e bebidas teve alta de 0,53%, puxado pelos alimentos para consumo no domicílio (0,58%). As maiores variações vieram da cebola (23,02%) e do tomate (15,71%). Além disso, houve alta nos preços das frutas (2,91%) e do arroz (1,46%).
A maior variação, por sua vez, veio de vestuário (1,10%), cujo resultado ficou acima de 1% pelo quarto mês consecutivo. Neste grupo todos os itens tiveram variação positiva, exceto joias e bijuterias, com queda de 0,10%. Os destaques foram as roupas femininas (1,46%) e infantis (1,34%), além dos calçados e acessórios (1,03%). Em 12 meses, o grupo acumula alta de 18,65%.
Quedas
O destaque no lado das quedas foi o leite longa vida, que ficou 7,09% mais barato, assim como já havia acontecido nos meses anteriores. No ano, a variação acumulada do produto, que chegou a 77,84% em julho, está agora em 31,20%. Houve recuo também nos preços do frango em pedaços, que caiu 1,75% e do queijo, queda de 1,38%.
O grupo saúde e cuidados pessoais (0,02%) desacelerou em relação a outubro (1,16%) e ficou próximo da estabilidade, enquanto habitação (0,51%) superou o mês anterior (0,34%). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,68% em Artigos de residência e a alta de 0,21% em despesas pessoais.
O resultado do grupo habitação (0,51%) foi puxado pelas altas do aluguel residencial (0,80%) e da energia elétrica residencial (0,56%). No mesmo grupo houve queda de 0,37% do gás de botijão e de 0,70% do gás encanado.
Por região, todas as áreas pesquisadas tiveram variação positiva em novembro. O maior índice foi de Brasília (1,03%), por conta da alta da energia elétrica (19,85%). Já a menor variação foi em Vitória (0,09%), especialmente por conta da queda de 22,25% nos preços das passagens aéreas.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
O INPC que abrange as famílias com rendimentos de um a cinco salários mínimos, também divulgado nesta sexta-feira (9) pelo IBGE, teve alta de 0,38% em novembro, abaixo do resultado de outubro, de 0,47%, e de novembro de 2021, quando foi de 0,84%. No ano, o indicador acumula alta de 5,21% e, nos últimos 12 meses, de 5,97%.
Os produtos alimentícios passaram de 0,60% em outubro para 0,55% em novembro. Os preços dos não alimentícios também subiram menos, indo de 0,43% em outubro para 0,32% em novembro.