Quais setores serão beneficiados pelo plano Nova Indústria Brasil do governo federal
A política do governo federal Nova Indústria Brasil, que prevê financiamento de R$ 300 bilhões para a indústria nacional até 2026, tende a favorecer fabricantes de máquinas e equipamentos. Consequentemente, as siderúrgicas, que estão numa etapa antes nessa cadeia produtiva, também sairão ganhando. Já os bancos mais focados em atacado podem sofrer um vento contrário caso o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ganhe maior relevância com o plano.
Entre os cinco segmentos que receberão incentivos no plano industrial estão máquinas para produção de agricultura familiar e em larga escala; mobilidade elétrica e cadeia de fornecimento de baterias; transformação digital para aumentar a produtividade industrial; bioeconomia, descarbonização e transição energética; e tecnologias para a soberania e defesa nacional.
Nesse cenário, as empresas que devem ser beneficiadas pelo plano estão WEG, Marcopolo, Tupy, Embraer, Mills, Randon e Aeris, segundo relatórios de Bradesco e XP. Pegando carona, as siderúrgicas também podem se beneficiar com um potencial aumento de demanda por aço para atender as empresas de equipamentos, diz a estrategista-chefe do Inter, Gabriela Joubert. Dentro disso, Gerdau e CSN – que são mais “pulverizadas” e têm clientes de diversos setores – estão mais bem posicionadas, enquanto Usiminas fica em segundo plano por depender mais do setor automotivo.
O CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, considera que a Nova Indústria Brasil amplia o leque de oportunidades de desenvolvimento da economia do País e de retomada da industrialização nacional, incluindo o setor de aço. “A atividade produtiva brasileira está perdendo relevância e competitividade e não existe um país próspero sem uma indústria forte. Por isso, a nova política industrial é um acerto do governo em fortalecer um setor tão importante e que passa por muitos desafios”, diz o executivo.
Do O Estado de São Paulo Online