Qualidade de vida no trabalho e saúde
O conceito de qualidade de vida aplicado ao mercado de trabalho pode ser interpretado e entendido de várias formas e finalidades.
Para o mundo patronal é bastante utilizado como sendo a medida do nível de satisfação do trabalhador em comparação à função desempenhada em determinada empresa e busca relacionar a posição ocupada com o grau de reconhecimento dentro da empresa. Deveria funcionar como agente “motivador” capaz de gerar vantagem competitiva para organização e, nesse contexto, possibilitar aos trabalhadores ficarem mais felizes e motivados, aumentando a sua produtividade.
Como dissemos em artigo anterior, aos seres humanos interessa considerar a saúde não apenas como sendo a ausência de doenças, mas o resultado das ações que proporcionam a “Qualidade de vida das pessoas”. E isso se aplica, também, ao nos referirmos ao tema “Qualidade de vida no trabalho”.
No entanto, é nesse ambiente de trabalho capaz de gerar vantagem competitiva para organização, e, consequentemente, mais ganhos, que, desde 1970, a chamada Síndrome do Esgotamento Profissional, ou Síndrome de Burnout, ganha destaque e é a enfermidade clínica mais citada relacionada ao estresse ocupacional e intimamente vinculada aos modos de organização do trabalho e da produção, capaz de causar exaustão emocional, despersonalização e baixo sentimento de realização profissional.
Assim, a classe trabalhadora deve repensar e desprezar definições simplistas sobre condições de trabalho e saúde dos trabalhadores e colocar, definitivamente, essa discussão na ordem de todos os dias.
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Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente