“Qualquer maneira de amor vale à pena”
Qualquer maneira de amor vale amar, mas amar de um jeito diferente no Brasil pode significar a morte.

Ainda que por um objetivo tão nobre, a busca de muitos homens e mulheres que amam pessoas do mesmo sexo, por expressarem-se livremente, pode implicar em custos muito altos.
Em casa, há o medo de rejeição, e na rua, temem serem mortas.
Que lugar então teriam direito a ocupar? Por que os princípios de liberdade e igualdade não alcançam pessoas que tenham outra orientação sexual e uma identidade de gênero que fuja da normativa social?
Há ainda diversas outras nuances da sexualidade humana. Existem pessoas que se olham no espelho e não se identificam com seu próprio corpo. Transgêneros não se identificam com seu sexo biológico e tudo que o envolve. A sensação é de não pertencimento, trazendo muito sofrimento psíquico. Assim, também há pessoas cuja identidade de gênero não é nem de homem nem de mulher, está para além dos dois.
O movimento LGBTQI+ tem lutado pelo direito à existência e o direito a diversas expressões da sexualidade humana. Pelo entendimento e respeito à singularidade do outro e seus modos de se relacionar com a vida.
No Brasil temos reafirmado o preconceito e a violência pela nossa própria cultura de profundo autoritarismo. Pertencer à uma sociedade cujas bases são fundadas no patriarcalismo, na propriedade privada, em relações marcadas pelo mando e obediência, e por rígidos padrões de comportamento e controle da sexualidade, imputa violências em várias dimensões a quem foge aos padrões culturais impostos.
A luta por diversidade e igualdade, no campo LGBTQI+, é a luta por uma sociedade que assume para si que “qualquer maneira de amor valerá”.
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