Quando passar a pandemia
Não será tão simples assim. Não se formos olhar do ponto de vista dos cientistas, pesquisadores, profissionais da saúde e de outros tantos trabalhadores que direta ou indiretamente estiveram envolvidos nesse espetáculo de horror patrocinado pelo governo Bolsonaro.
Os efeitos dos erros cometidos pelo governo poderão se incorporar ao cotidiano do povo brasileiro durante anos, principalmente pelo aumento das desigualdades econômicas e de acesso à saúde no Brasil.
A pandemia aumentou os índices de pobreza e de pobreza extrema no ano passado. De acordo com relatório 2020 da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), a taxa de pobreza extrema atingiu 12,5% da população e a de pobreza, 33,7%. Isso piora os índices de desigualdade na região e as taxas de ocupação e participação no mercado de trabalho, sobretudo das mulheres, aprofundando os problemas estruturais já existentes; aumentando o trabalho informal e a precarização da mão-de-obra, acompanhada de baixa produtividade.
Além disso, estarão piores as condições de vida por falta de proteção social adequada; por uma política intencional de desmontes do SUS e do sistema de educação do país e pelos reflexos de uma política econômica que passa pela privatização e destruição do Estado e de seus mecanismos de intervenção em desenvolvimento, área social e investimento público.
Deveríamos estar nos preparando para reverter o quadro em que as famílias perderam renda, emprego e horizontes. Porém, o governo continua negando a gravidade da pandemia e a política é destruir os instrumentos públicos de recuperação econômica.
HÁ QUE MUDAR.
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Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente