Quase 80% dos chefes de família se sentem seguros no emprego
Pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) aponta que 77,8% dos responsáveis pelos domicílios no país se sentem seguros em sua ocupação atual, dado levemente inferior a janeiro (80%).
Todas as regiões apresentam números superiores à média nacional, exceto o Nordeste (68,0%), de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira. O destaque ficou com o Sul (88,5%), seguido de perto pelo Norte (86,8%).
Quando o foco da pergunta passa para os demais membros da família, o otimismo diminui: 70,1% sentem segurança nas ocupações de todos os membros. A região Sul novamente aparece no topo (85,5%), com o Norte em seguida (84,2%).
O item faz parte do IEF (Índice de Expectativas das Famílias), que aponta ainda que os brasileiros continuam otimistas em relação à situação socioeconômica do país. O indicador registrado em fevereiro (65,3 pontos) recuou 2,8% ante o mês anterior (67,2 pontos), mas o dado ainda indica otimismo segundo a metodologia aplicada.
Essa é a sétima edição da pesquisa mensal do Ipea, realizada em 3.810 domicílios distribuídos por mais de 200 municípios em todos os Estados. Todas as regiões apresentaram queda no índice. O Centro-Oeste apresentou a maior pontuação em fevereiro (73,6), seguido do Sul (65,9%).
Situação econômica
Sobre a situação econômica do país, 61,8% das famílias dizem acreditar que o Brasil passará por melhores momentos nos próximos 12 meses, ante 64% no mês anterior.
O levantamento mostrou ainda que 75,5% das famílias brasileiras indicaram estar melhor financeiramente hoje do que um ano atrás, percentual ligeiramente menor que no mês anterior (76,8%).
No outro lado, houve aumento de 17,6% para 19,3% na proporção de famílias que acreditam ter piorado financeiramente.
Consumo
No item sobre consumo de bens duráveis, 55,2% das famílias brasileiras afirmaram que o momento é propício, contra 38,7% que não acham o momento ideal para as compras.
Na análise sobre endividamento, os resultados se mantiveram praticamente inalterados em relação aos do mês anterior, com 8% que se consideram muito endividados e 50,7% que afirmam não possuir dívidas.
Sobre o pagamento dessas dívidas, cerca de 15% das famílias brasileiras afirmam que terão condições de quitá-las totalmente e 45% dizem que poderão quitá-las apenas parcialmente. Outras 38% dizem não ter condições de pagar suas dívidas — indicador “preocupante”, segundo a análise do Ipea.
Da Folha Online