“Quem está no dia a dia da economia é o trabalhador”
Durante encontro com a Direção do Sindicato, ontem, o engenheiro e mestre em finanças públicas pela Fundação Getúlio Vargas, a FGV, Amir Khair (foto), destacou a importância do papel dos trabalhadores para garantir o crescimento do Brasil.
“Quem está no dia a dia da economia é o trabalhador”, afirmou.
Segundo Khair, os trabalhadores precisam conhecer a evolução de alguns fatores da macroeconomia para construir propostas viáveis diante do cenário nacional.
Entre esses fatores, o Produto Interno Bruto, o PIB, a inflação, os juros e a taxa Selic influenciam no desenvolvimento e no crescimento. (Saiba mais nos quadros)
“Por um período de 80 anos, o Brasil e o Japão foram os dois países que mais cresceram no mundo, uma média de 5,7% ao ano”, explicou.
Para ele, o Brasil precisa derrubar algumas barreiras para o crescimento e para o investimento.
As taxas de juros do sistema financeiro, a má distribuição de renda, a regressividade tributária, alto custo de vida para atividades essenciais e o baixo valor dos programas de renda são algumas das barreiras para a ampliação do consumo.
“O crescimento no País está ligado ao consumo e tem sido estimulado por ele”, disse.
“O que precisamos saber é se estamos consumindo a produção nacional ou uma avalanche de importados e com isso, gerando empregos fora do Brasil”, completou.
O professor apontou o baixo crescimento, a taxa Selic elevada, juros para as empresas, alta carga tributária, câmbio apreciado (real valorizado), mudanças frequentes de regras e falta de plano estratégico como os principais impedimentos para atrair investimentos.
Khair elencou algumas medidas que poderão contribuir para o crescimento econômico como alinhar a taxa de juros ao nível internacional, manter o câmbio flutuante, estabelecer limite da dívida da União, programas de renda, controle da inflação pela redução de custos das despesas essenciais – estoques reguladores de alimentos, entre outras medidas.
“O trabalhador tem que reivindicar salário e redução do custo de vida dele para sobrar mais dinheiro no bolso”, concluiu.
Da Redação