Quem são as vítimas do machismo? Tod@s!
Foto: Adonis Guerra
O Sindicato recebeu na noite da última terça-feira, 3, a primeira atividade da Semana LGBT (Lésbica, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), parte do 3º Festival de Diversidades, organizado em conjunto com o Coletivo LGBT Prisma da Universidade Federal do ABC, no Centro de Formação Celso Daniel, ao lado da Sede.
“O Sindicato se pauta por uma transformação social e o metalúrgico que está na linha de montagem vive em sociedade. Só vamos ter um País com as pessoas felizes se discutirmos a sociedade como um todo”, declarou o diretor Administrativo, Moisés Selerges, na abertura do evento.
Moisés destacou dados sobre a realidade da população LGBT no Brasil. Conforme levantamento do Grupo Gay da Bahia, o Brasil é onde mais se mata LGBT no mundo. Apenas no primeiro quadrimestre deste ano, 117 pessoas foram assassinadas devido à discriminação por gênero e orientação sexual. O número subiu 18% em relação ao mesmo período de 2016.“
Se não debatermos, é como se estivéssemos permitindo esse tipo de sociedade, o primeiro passo é colocar o assunto na mesa”, ressaltou.
O tema “A construção social de meninas e meninos” foi abordado por Reginaldo Bombini, um dos organizadores do Fórum Gênero e Masculinidade do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC.
Reginaldo levantou questões sociais e culturais usadas para estabelecer as diferenças entre meninos e meninas que contribuem para a formação de uma sociedade machista. Ele frisou que os homens são também vítimas desse machismo, já que são criados para não demonstrarem fraqueza.
O resultado disso, além da opressão contra mulheres e LGBTs, é o alto índice de morte entre homens por excesso de velocidade e brigas no trânsito, uso de drogas, álcool, suicídio e por resistência em procurar ajuda médica.
O evento continua hoje com o debate “Há solução para o machismo?” e será encerrado amanhã com um sarau aberto a participação de todos. Sempre às 18h, no Centro de Formação Celso Daniel.
Da redação