Questão agrária: Anistia quer apurar morte de sem-terra
O governador do Paraná,
Roberto Requião, disse
que a suíça Syngenta não
é bem-vinda ao Estado.
Na semana passada,
seguranças particulares
contratados pela empresa
assassinaram o sem-terra
Valmir de Oliveira, o Keno,
na cidade de Santa Tereza
do Oeste.
Para o governador, é
inaceitável que milícias privadas
executem cidadãos
paranaenses. Ele disse que
a Syngenta veio para o Brasil
porque não conseguiu licença
em outros locais para
produzir sementes transgênicas
como faz aqui.
O governador lançou
suspeitas sobre a morte
do sem-terra. “A polícia
informou que ele teria sido
colocado de joelhos e
executado com um tiro na
cabeça”.
Ainda ontem, a Anistia
Internacional enviou carta
às autoridades brasileiras
pedindo providências pela
morte do dirigente.
A entidade também
se diz preocupada com a
segurança de 200 trabalhadores
sem terra que estão
acampados na área da Syngenta.