Químicos divulgam nota sobre a crise internacional
No documento, categoria elogia iniciativas do governo federal, critica omissão do governo estadual e de algumas empresas e garante que os trabalhadores vão lutar contra demissões e medidas como redução de jornada com redução de salário
Reunida no último dia 22 de janeiro, a diretoria do Sindicato dos Químicos do ABC discutiu a atual situação e decidiu manifestar publicamente sua posição sobre a crise internacional, de forma a evitar a divulgação de informações incorretas a respeito das consequências da crise no setor químico na região do ABC e deixar claro a atuação da entidade diante de eventuais propostas de empresas em relação aos direitos dos trabalhadores(as).
Diretoria do Sindicato examinou cuidadosamente os possíveis efeitos da crise
econômica internacional sobre a produção industrial no setor, na região, concluindo pelo que segue:
destinadas a proteger o emprego e o crescimento da economia, garantindo a
valorização do Salário Mínimo, aumentando a oferta de crédito para o
mercado, mantendo o nível de investimento do PAC, diminuindo a alíquota do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis, ampliando o
prazo para recolhimento de impostos pelas empresas, mantendo e ampliando
os programas sociais, estimulando o consumo responsável do cidadão e
procurando afastar a sensação de crise que pode levar à contenção do
consumo, entre outras que ainda estão para serem implementadas;
sobre a produção industrial e o consumo do cidadão, como é o caso do ICMS e
do IPVA;
irresponsável de parcela das elites industriais paulistas que aportaram ganhos
importantes durante longo período de crescimento, e que agora, ao primeiro
sinal de desaceleração econômica, procuram restringir as constrições e perdas
aos trabalhadores e suas famílias;
deflagração de iniciativas desagregadoras, devendo, pelo contrário, o conjunto
dos atores sociais focar uma direção única, que preserve o rumo do
crescimento e do desenvolvimento sustentável que vimos alcançando nos
últimos anos, com redução da pobreza, elevação da renda e aumento do nível
do emprego;
vinculadas a algumas empresas do setor automotivo;
Sindicato resolveu analisar cada situação de maneira particular e sem
generalizações, priorizando o encontro de soluções que valorizem o sentido e a
responsabilidade da empresa frente à comunidade;
desregulamentação como solução para as dificuldades frente à crise
internacional, até porque é evidente o fato de que dessa receita falida se
originou a própria crise que ora derrete o sistema financeiro internacional;
trabalhadores para defender os seus empregos, os seus salários e os meios de
sustentação digna de suas famílias;
tempo em que procuraremos as entidades representativas dos empregadores
do ramo e o Governo do Estado de São Paulo para propor medidas concretas
como redução da jornada de trabalho sem redução de salário, contenção de
demissões imotivadas e a redução efetiva do ICMS para os setores de resinas
sintéticas e de transformação plástica.
Diretoria do Sindicato dos Químicos do ABC