Químicos do ABC aprovam proposta de reajuste salarial

O acordo prevê reajuste de 9% nos salários; 10,8% no piso salarial e PLR mínima de R$ 550,00

Os trabalhadores químicos do ABC aprovaram a proposta de Convenção Coletiva negociada entre o setor patronal (CEAG-10) e a Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT (Fetquim), em assembléia realizada na sexta-feira. 

O acordo prevê reajuste de 9% nos salários, o que garante aumento real em torno de 2%; reajuste de 10,8% no Piso Salarial; e PLR mínima de R$ 550,00, aumento real de 2,80%.

No texto também há avanços nas cláusulas sociais como o compromisso dos empresários coibirem toda forma de violência no local de trabalho, como o assédio moral e assédio sexual; e a proibição de qualquer tipo de discriminação nos processos seletivos, como distinções entre raças, idade, gênero, estado civil e nacionalidade.

Outro ponto de destaque é a criação de um fórum entre trabalhadores, setor patronal e Delegacia Regional do Trabalho (DRT) para avançar na discussão sobre qualificação para pessoas com deficiência. 

Tais conquistas abrangem todos os trabalhadores dos segmentos químico, petroquímico, plástico, tintas e vernizes, abrasivos, fertilizantes, cosméticos,Resinas sintéticas, explosivos e similares das sete cidades do Grande ABC. 

Para o diretor do Sindicato dos Químicos do ABC, Geraldo Melhorine, as propostas representam um avanço importante, pois no início da campanha o setor patronal queria flexibilizar e retirar direitos, além de trazer de volta o banco de horas.

“Além dos avanços, não perdemos nenhum direito, e garantimos aumento real nos salários. Se compararmos as Convenções Coletivas assinadas no primeiro semestre e algumas do segundo semestre, as conquistas do segmento químico em São Paulo estão entre as que mais avançaram no segmento químico e farmacêutico no Brasil”, aponta Melhorine.

Com mais uma Convenção Coletiva garantindo aumento real nos salários e no piso, a categoria química do ABC acumula um ganho importante em sua renda nos últimos quatro anos, não por acaso, anos de crescimento da economia sob o comando do governo Lula.

Se levarmos em conta os índices de inflação do INPC-IBGE, de 2004 a 2008, a categoria química do ABC repôs todas as perdas salariais e conquistou aumento real de 9,4% nos salários, e 14,8% no Piso Salarial, que passa a ser de R$ 759,00.

Dos Químicos do ABC