"São Bernardo precisa de renovação política"
O companheiro Paulo Dias se afastou da direção do Sindicato e da coordenação do MOVA-ABC para tentar a pré-candidatura a vereador em São Bernardo.
Como foi sua passagem pela diretoria?
Desde 2005 estou na
secretaria da regionalidade
do Sindicato, que tem a tarefa
de manter relações com
entidades como Câmara
Regional, Agência de Desenvolvimento
Econômico
e outros fóruns, entidades
da região e também com os
movimentos sociais.
Esse trabalho é importante
porque vê o trabalhador
além da fábrica e das
questões trabalhistas, mas
também na sua totalidade,
em casa, no lazer, no esporte
e na cultura.
Isso significa debater
políticas para o transporte,
segurança e saneamento,
além dos outros temas para
a melhoria da qualidade de
vida.
Você também se afastou do MOVA-ABC?
Sim. Eu me afastei da
coordenação, na qual estava
há três anos. Uma das
minhas tarefas foi a de consolidar
a entidade nas cidades
onde ela não tem apoio
do público. Aqui no ABC,
participam efetivamente do
MOVA-ABC somente as
prefeituras de Diadema e
Santo André.
Mesmo assim, em São
Bernardo conseguimos manter
mais de 40 salas de aula
em parcerias com igrejas,
SABs e empresas.
O MOVA-ABC é importante
porque ele vai até
as pessoas que precisam.
Por isso, as salas são criadas
basicamente na periferia das
cidades.
Qual o motivo de seu novo desafio?
Todos estes anos de
militância mostraram que
só a atividade sindical não é
suficiente para garantir cidadania
plena aos moradores.
Queremos transformações
que apontem para uma
sociedade justa, com menos
pobreza e mais acesso aos
serviços públicos, principalmente
nos bairros afastados,
nas quais a população ainda
sofre com falta d’água e de
saneamento, tem pouco
acesso a equipamentos culturais
e de lazer.
São propostas de mudanças?
São Bernardo é administrada
há décadas pelo
mesmo grupo político e
existe a necessidade de uma
renovação.
É por isso que estamos
reivindicando que o companheiro
Luiz Marinho dispute
a prefeitura da cidade.
Com ele na administração,
com certeza haverá
uma mudança para melhor
no quadro econômico e social,
com políticas para a habitação,
saúde e transporte.
Hoje, a elite governa apenas
para ela.