Racismo: Os brancos eram negros
Recente evolução humana criou o branco
Estudos científicos atuais
mostram que os seres humanos
adquiriram a pele branca
entre apenas seis a 12 mil anos
atrás, embora a espécie
já exista há mais de cinco
milhões de anos. Para chegar
a esta conclusão, cientistas
lembram que os primeiros
seres humanos surgiram na
África, com a pele preta, e só
foram para o Norte da Europa
há uns 40 mil anos.
Os novos habitantes do
continente viviam sem lugar
fixo e comiam o que conseguiam
capturar com a caça,
pesca e colheita de frutos das
árvores, embora seu principal
alimento fosse a carne.
Desta maneira obtinham a
vitamina D, fundamental para
a absorção do cálcio que garante
a boa formação dos
ossos.
Nos últimos seis mil anos,
porém, esses grupos
passaram a se fixar na terra e
a desenvolver a agricultura,
o que criou a possibilidade
de estocar alimentos. A mudança
de hábitos provocou
alterações radicais na dieta
desses povos. Eles se tornaram
mais vegetarianos e passaram
a depender menos da
caça e da pesca. Isso aumentou
a possibilidade de sobrevivência
da espécie, mas reduziu
o acesso às fontes naturais
da importante vitamina
D, fundamental para a
vida.
Para permitir que o cálcio
continuasse a garantir as
exigências do esqueleto, surgiu
a necessidade do ser humano
produzir a vitamina D
através de outro mecanismo.
A saída foi usar a pele para
filtrar as radiações ultravioletas
da luz solar. Aí está a
raiz do surgimento da pele
branca. Duas condições contribuíram.
Do preto ao branco – A pele preta absorve
com menor intensidade os
raios ultravioleta que a pele
branca. As baixas temperaturas
características do Norte
da Europa obrigaram os
grupos africanos a usar roupas
que deixavam de fora
apenas as mãos e o rosto. E
a natureza cuidou de dar a
existência de homens e mulheres
com a pele mais clara.
Ao morar em um local
iluminado por raios solares
fracos, sobreviviam apenas
as pessoas que se adaptavam
a viver agasalhadas dos pés à
cabeça. Na maior parte das
vezes, era gente com a pele
mais clara. A natureza cuidou
para que esses primeiros brancos
transmitissem suas novas
características aos filhos, o
que garantia a expansão da
nova cor.
Ao mesmo tempo, a natureza
também cuidou de dificultar
a existência das pessoas
que continuaram com a
pele preta devido a falta de
vitamina D e, por consequência,
de cálcio. Os poucos que
conseguiam sobreviver foram
se tornando cada vez
menos na sociedade até que,
por falta total de condições
de vida, emigraram.
Essa história toda mostra
como são ridículas as teorias
que atribuem algum tipo
de superioridade à raça branca.
Dos cinco milhões de anos
de existência dos seres humanos,
a menos seis mil a 12 mil
anos éramos todos negros.