Rafael alerta trabalhadores na Mercedes sobre riscos de retirada de direitos

(Foto:Adonis Guerra)

Em conversas no chão de fábrica com os trabalhadores na Mercedes, em São Bernardo, o presidente do Sindicato, Rafael Marques, discutiu o momento atual e os assuntos internos dos companheiros na montadora.

“Foi muito importante a ida à Mercedes para falar sobre o cenário e ouvir as preocupações em relação ao futuro da empresa e a queda na produção. Ouvi também reclamações sobre a pressões das chefias e tomaremos providências”, afirmou.

Rafael conversou com os trabalhadores na pré-montagem, montagem de caminhões, de ônibus e revisão final na última quinta-feira, dia 24.

De acordo com o coordenador do CSE, Ângelo Máximo de Oliveira Pinho, o Max, o diálogo é essencial para a organização na base. “O Sindicato está preocupado, mais do que tudo, com a situação dos empregos na categoria e no Brasil. Por isso, é necessário conversar sobre a conjuntura política e econômica, que afeta diretamente os empregos.”

O presidente discutiu a pauta dos metalúrgicos do ABC em defesa dos empregos, pela retomada da economia, o Programa Nacional de Renova­ção da Frota, a correção da tabela do Imposto de Renda, a redução dos juros, contra a reforma da Previdência, contra a precarização do trabalho e pela mudança na política econômica.

Também falou sobre os riscos de retirada de direitos dos trabalhadores. “Existe um avanço da pauta conservadora capitaneada pelos patrões, mercado financeiro e imprensa comercial no Brasil. É preciso muita união e solidariedade neste momento para defender os empregos, salários e o ambiente democrático”, afirmou.

“Temos que fazer a barreira contra essa frente que quer a terceirização total, as reformas traba­lhista e previdenciária e projetos que representam retrocessos e ameaças graves aos direitos dos trabalhadores”, prosseguiu.

O presidente explicou que a onda conservadora está se espalhando pelo mundo e citou os exemplos do México, Argentina e Itália. “Se a retomada do crescimento for preparada pela pauta de interesses do setor empresarial, será uma agenda totalmente contra os trabalhadores e que rasgará a CLT”, destacou.

A peregrinação pelas fábricas na base teve início no dia 22. Novas mobilizações serão realizadas nas fábricas da base em defesa dos empregos, salários e conquistas.

Levantamento feito pelo Departamento In­tersindical de Assessoria Parlamentar, o DIAP, mostra que são 55 ameaças aos direitos em tramitação no Congresso Nacional. Confira em http://goo.gl/ LYC6vU. “É essa pauta reacionária que teremos de enfrentar em defesa dos direi­tos conquistados.

Da Redação