Realidade desmoraliza Folha de S. Paulo sobre gripe suína

Ao contrário do que a Folha de S. Paulo previu, a gripe suína não exterminou a população brasileira. No dia 19 de julho, o jornal publicou uma extensa matéria, com direito à chamada na primeira página, na qual afirmava que o vírus influenza A (H1N1) ia atingir entre 35 milhões e 67 milhões de brasileiros ao longo das cinco a oito semanas seguintes.

O texto acrescentava que de 3 milhões a 16 milhões de pessoas iriam desenvolver algum tipo de complicação a exigir tratamento médico por causa da doença e entre 205 mil e 4,4 milhões precisariam ser hospitalizadas.

A realidade desmentiu esses números catastróficos. No último dia 18, o Ministério da Saúde divulgou boletim que informava que o País registrou exatos 17.219 casos da nova gripe entre 25 de abril – quando foi confirmado o primeiro caso – e 10 de outubro.

No período, a doença provocou 1.368 mortes. Ou seja, o número total de contaminados foi cerca de 30 mil vezes menor que o mínimo previsto pela Folha de S. Paulo. Mesmo assim, o jornal não corrigiu a notícia publicada em 19 de julho.

Escondida
O comunicado ministerial traz outra informação de extrema importância. Ele diz que o número de casos graves de gripe suína no Brasil caiu 97% em dois meses, passando de 2.828 na semana encerrada em 8 de agosto para 78 em 10 outubro.

O destaque dado pelas publicações brasileiras mostra o descompromisso delas com a verdade. Nenhum jornal, rádio ou tevê informou sobre essa queda com o mesmo destaque dado às mortes causadas pela gripe suína. A notícia foi praticamente escondida.

Tudo isso prova, mais uma vez, que a mídia brasileira tenta criar um clima de crise constante com o objetivo de derrubar a popularidade do presidente Lula. Isto é, ela tem seu lado, que certamente não é o mesmo dos trabalhadores brasileiros.