ReaTech: Feira de reabilitação tem altos e baixos
Foi realizada em abril a ReaTech 2005, feira internacional de reabilitação e tecnologias voltadas às pessoas com deficiência. De um modo geral, a iniciativa cumpriu seus objetivos com a promoção de palestras, stands de entidades, exposição de produtos e outras promoções para que pessoas com deficiência tenham uma existência cidadã, como os demais integrantes da sociedade. Esse é o lado bom da feira.
O lado ruim é o alto preço de muitos dos produtos apresentados. Tudo é muito caro. Mesmo com o crédito subsidiado dos bancos, ainda assim os produtos são inacessíveis devido aos altos custos. Houve, também, casos de falta de sensibilidade.
Um dos expositores, por exemplo, a Laramara, ofereceu produtos para pessoas com deficiência visual em vitrines convencionais, não permitindo o contato com os produtos pelos deficientes visuais.
Como a única forma dos deficientes visuais “enxergarem” é através do tato, quem se interessava pelos produtos tinha que ouvir as explicações dos expositores para ter idéia do que se tratava. “Como decidir se era bom ou não sem tocar?”, pergunta Marcos Alencar, da Comissão dos Metalúrgicos do ABC com Deficiência.
Por outro lado, além da ReaTech ser um espaço de encontro, de sociabilização das pessoas e de inclusão, houve uma série de iniciativas importantes, como um desfile de modas para pessoas com deficiência e sem deficiência. “Entendemos que a verdadeira inclusão se dá desta forma, com a participação conjunta e nos mesmos espaços de pessoas com e sem deficiências”, afirma Jorge Benedito dos Santos, o Jorginho, coordenador da Comissão dos Metalúrgicos do ABC com Deficiência.