Rebeliões na Febem: Sistema falido mata e tortura
Diante da quinta rebelião em dez dias, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) voltou a pedir mais tempo para restruturar a Febem.
Ele prometeu a desativação da unidade Taubaté, que abriga 1.600 internos e é conhecida pelos vizinhos como campo de concentração.
A Ordem dos Advogados do Brasil pediu a instalação de uma CPI para apurar as denúncias de tortura e espancamento no órgão.
Na segunda-feira, um traumatismo craniano matou o interno Jhoninha, espancado por outros internos durante rebelião.
Na terça-feira, na unidade de Bauru, o menor J.B.G. morreu com várias facadas durante briga no pátio interno. Um agente disse que a situação na unidade é de terror.
Acuado pelas denúncias, o governador Alckmin demitiu 1.751 monitores da região metropolitana e anunciou uma restruturação do sistema.
Para o governo, o objetivo das demissões foi se livrar dos funcionários com denúncias de maus-tratos, agressões e tortura.
Especialistas ligados aos direitos humanos acham que, se a reestruturação prometida ficar só nas demissões, as rebeliões vão continuar.