Recolha o óleo de cozinha

Um litro de óleo pode contaminar um milhão de litros de água. Entidades fazem coleta e reciclagem do óleo usado e cooperativa da Unisol produz biodiesel

Óleo de cozinha: Um inimigo do meio ambiente

Nem todo mundo sabe
que o óleo de cozinha, utilizado
com tanta frequência
por toda a população, é
muito prejudicial ao meio
ambiente.

Para se ter uma idéia,
um litro de óleo descartado
irregularmente pode contaminar
um milhão de litros de
água, volume suficiente para
o consumo de uma pessoa
por aproximadamente 14
anos.

Quando o óleo de cozinha
for para a rede de esgoto,
encarece o tratamento
das águas em até 45% e o
que permanece nos rios provoca
a impermeabilização
dos leitos e terrenos adjacentes,
fator que contribui
para as enchentes.

O produto também pode
gerar prejuízos às residências,
já que é o grande responsável
pelo entupimento
de encanamentos, além de
provocar graves problemas
de higiene e mau cheiro.

Soluções – Há alguns anos, diversas
ongs, associação de moradores
de bairros e entidades
filantrópicas descobriram
uma ótima saída, a produção
de sabão ecológico.

O óleo arrecadado é
reciclado em usina, que produz
um produto ecoeficiente,
o sabão em pedra.

Além de fazer bem ao
meio ambiente, essas usinas
proporcionam a jovens
de comunidades carentes
a primeira oportunidade
de emprego, noções de
cidadania e educação ambiental.

Como fazer para
reaproveitar

Depois que o óleo usado esfriar, armazene
em uma garrafa plástica daquelas de 2
litros, se possível transparente.

Tampe bem e encaminhe para alguma
associação. Aqui no ABC, uma boa opção
é o Instituto Triângulo, localizado na rua
João Ribeiro, 348 – Bairro Campestre,
Santo André.

O Instituto conta com funcionários
que recolhem periodicamente óleos nas
cidades do ABC. Para mais informações, o
telefone é 4991-1112.

Cooperativa da Unisol faz biodiesel

Óleo de cozinha também pode
ser recuperado para a produção
de biodisel. É disso que se ocupa a
Remodela, de Campinas, uma cooperativa
filiada à Unisol Brasil.

Surgida há seis anos, da
união de trabalhadores desempregados
para a reciclagem de
latinhas de alumínio, a Remodela
viu a oportunidade de processar
óleo de cozinha e gordura animal
com o programa de biodiesel da
Petrobras. Atualmente ela processa
entre 16 a 20 mil litros ao
mês, parte dele consumidos como
óleo combustível pela Uniforja,
central de cooperativas na
antiga Conforja, de Diadema.

Luiz de Paula, um dos diretores
da cooperativa, diz que
o setor tem forte potencial de
crescimento devido à necessidade
de energia, combinada com a
necessidade da reciclagem.