Recomeça greve dos metalúrgicos do ES

Os cerca de 10 mil trabalhadores que estão parados são responsáveis pela manutenção dos equipamentos das empresas ArcelorMittal (CST) e Vale

Os trabalhadores terceirizados do setor metalmecânico dos complexos industriais da Vale e ArcelorMittal Tubarão reusaram, em assembléia realizada nesta quinta-feira (27)  a proposta de reajuste e definição de pisos salariais  feito pelo sindicato patronal.

Os cerca de 10 mil trabalhadores que estão parados são responsáveis pela manutenção dos equipamentos das empresas ArcelorMittal (CST) e Vale. Em todo o Estado, a categoria abrange 25 mil operários de pequenas metalúrgicas e siderurgicas, como Metalosa em Colatina, Brametal em Linhares, União Engneharia em Vila Velha e Cacimbas (Linhares), metalúrgica Carapina, entre outras.

Negociações infrutíferas – Depois de quatro reuniões de mediação na SRTE-ES, realizadas de sexta até quarta-feira, 26, os patrões não avançaram e radicalizaram, mantendo valores e índices que estão longe do que querem os trabalhadores. Para o presidente do Sindimetal, Roberto Pereira de Souza, os índices da proposta são muito baixos e por isso a categoria não aceita. “Vai ser difícil fechar a Convenção Coletiva, com pisos salariais abaixo do que são praticados pelas próprias empresas”.

O Sindimetal denúncia o abuso da classe patronal que usou a SRTE, um órgão federal, para driblar o movimento de greve legal dos metalúrgicos. A pedido da SRTE, o sindicato suspendeu a greve para participar da mediação. Foram quatro dias de discussões, sem avanços e com a greve suspensa. Agora, o movimento paredista está sendo retomado.

Do Sindimetal