Redução da jornada de trabalho
O professor de economia da Unicamp Márcio Pochmann, um dos principais pesquisadores do mercado de trabalho brasileiro, afirmou que atualmente temos condições de reduzir a jornada de trabalho para 4 horas por dia e apenas 3 vezes por semana.
O crescimento progressivo da longevidade também permitiria adiar o ingresso no mercado de trabalho para depois dos 25 anos de idade.
O aparato técnico do capitalismo – a informática, automação, robótica, entre outros instrumentos tecnológicos – tornariam a redução da jornada de trabalho possível.
Para obter estas projeções, Pochmann recorreu à História.
Ele analisou o ganho da produtividade física das últimas três décadas em relação ao número de trabalhadores de todo o mundo para fazer as afirmações “revolucionárias”.
Segundo ele, suas idéias podem parecer de um louco, mas, há 120 anos, no Massacre de Chicago, que originou o Dia do Trabalho, os operários reivindicavam jornada de 8 horas por dia, cenário vivido atualmente apenas por algumas empresas no Brasil.
A redução da jornada de trabalho nunca foi um tema fácil de ser discutido. Em todo o mundo, independente como a forma da redução da jornada se verifique, a classe empresarial tende a ser avessa a esta reivindicação, entendendo-a como aumento de custos, redução dos volumes de produção e de competitividade.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC sempre teve entre suas bandeiras de luta a redução da jornada de trabalho sem redução dos salários e limite de horas-extras, com o objetivo de melhorar as condições de vida dos trabalhadores e a manutenção e expansão do nível do emprego.
Estes e outros temas relacionados ao mercado de trabalho precisam fazer parte da agenda do Congresso Nacional com urgência.
Subseções Dieese do Sindicato e CUT Nacional