Redução da jornada de trabalho caminha a passos largos no Congresso

Colégio de líderes partidários debate na semana que vem qual será o dia de votação em plenário, garante Michel Temer, presidente da Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados Michel Temer (PMDB-SP) garantiu às lideranças sindicais, na noite de terça-feira (15), que o Colégio de Líderes vai debater e tentar definir qual será o dia da votação em plenário da emenda que reduz a jornada de trabalho sem redução de salários. O Colégio de Líderes, que reúne as lideranças de todos os partidos, tem encontro marcado na semana que vem, quando então deve ser definida a data.

“O deputado Temer nos informou que a definição antecipada da data terá mais peso e garantia de cumprimento se for definida em conjunto com os líderes”, informa, de Brasília, o secretário de Finanças e Administração da CUT Nacional, Vagner Freitas. “O deputado também nos disse que este é o melhor momento que vive o projeto de redução da jornada de trabalho aqui na Câmara. Ele considera o clima mais propenso do que em etapas anteriores”, conta ainda Vagner.

A audiência com Temer teve a presença das lideranças de PCdoB, PDT, PSB, PT, PTB e PV, do relator do projeto da emenda constitucional, o ex-presidente da CUT Vicentinho (PT-SP) e do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), entusiasta do projeto como todos os presentes.

As lideranças sindicais lembraram ao deputado Temer a importância do seu partido, o PMDB, para a aprovação da medida. Temer se definiu como defensor do projeto e garantiu que trabalhará por ele no interior do partido.

Pouco antes da audiência com Temer, os dirigentes encontraram-se com o ministro Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência, para pedir que o governo amplie o apoio já manifestado à medida e que convença a base aliada a votar a favor. Dulci informou que inclusive os contatos com o empresariado a favor da medida serão intensificados.

Participaram lideranças de todas as centrais. Pela CUT, além de Vagner, estiveram no corpo-a-corpo os diretores executivos Pedro Armengol e Antonio Lisboa do Vale.

O objetivo das centrais é, ao definir antecipadamente a data, se preparar para organizar um grande mobilização no dia marcado. A PEC da redução vai precisar enfrentar duas votações em plenário da Câmara, com aprovação de pelo menos 309 deputados, entremeadas por uma votação no Senado.

Da CUT